túnel do tempo

O dia em que o árbitro Hélio Correa, deu 60 minutos de jogo, apenas no segundo tempo, no Morenão

Sempre com atuações seguras e acima de todas as suspeitas, Hélio Correa, foi o maior responsável pelo crescimento do futebol amador (Foto: facebook)

De fato, de volta à aquela máxima, que se tornou um “chavão popular” e foi dita pela primeira vez por Antoine Lavoisier que sabiamente disse: “Nada se cria, tudo se copia”.

Me recorri a esse “chavão popular” e de novo, mergulhei no túnel do tempo, lá pelos idos da década de 80 – f az tempo, né? – pra justificar o cito popular.

O fato aconteceu na partida entre os times do Palmeiras e o novato time do Áster de Itaquaquecetuba, interior de São Paulo, disputado nesta segunda-feira (15), válido pela Taça São Paulo de Juniores, a chamada “Copinha”.

Coincidentemente, essa competição tem me levado de volta ao túnel do tempo e nele, tendo como personagem viva da história, o mesmo time citado por mim na vez passada, do caso do goleiro que fez gols e uma vez mais, está o time do Comercial, nessa linda lembrança.

Mas o que há de semelhante entre o jogo da Copinha e o Comercial, na década de 80, mais ou menos?

Pois bem, no jogo disputado nesta segunda-feira (15), na arena Barueri, válido pela Copinha, entre os times do Palmeiras que foi eliminado ao perder por 1 x 0 para o Áster, dirigido pelo árbitro Márcio Matos.

Acréscimos

No segundo tempo da referida partida o árbitro acima mencionado, deu simplesmente 59 minutos, sendo 14 de acréscimos e os torcedores “anti-palmeirenses”, claro que já atribuíram tal tempo, como uma tentativa de o time alviverde chegar ao empate, fato esse que não aconteceu e o mesmo acabou sendo eliminado.

Morenão

Diante de tal fato, entrei de novo no túnel do tempo e voltei à década de 80, o ano especificamente, claro que não me recordo mais, mesmo porque, aos 70 anos, confesso que a memória não está mais tão ativa quando eu tinha os meus, digamos 30 ou 40 anos, por ai…

No túnel do tempo, voltei ao Morenão, aliás estádio de futebol que foi palco de grandes e memoráveis jogos, mas hoje confesso que nem sei se ainda existe, pois nunca mais ouvi falar o bendito nome, ao menos para o futebol.

Hélio Correa

O jogo válido pelo Campeonato Estadual, foi disputado em uma quarta-feira, à noite e como sempre naquela época, com a presença de um grande público.

A partida foi entre os times do Comercial x Aquidauana ou Aquidauanense – também não me recordo – mas o adversário do colorado era da Princesa do Sul.

O árbitro do jogo, o saudoso Hélio Correa, (In Memoriam), um dos principais, talvez o mais responsável, pelo crescimento e fortalecimento do futebol amador na Capital de MS.

O Comercial tinha um timaço mesmo, era uma máquina e o Aquidauana ou Aquidauanense, tinha um time com qualidade técnica mediana e não queria perder de muito, ou seja, levar um saco de gols e por isso, desandou a fazer cera.

Em campo, claro, a mínima coisa era motivo para os jogadores do já chamado na época de “Azulão”, fazerem cera.

O Hélio Correa alertava pra tal fato e nada, pois a cera continuava solta.

2º tempo de 60 minutos  

O jogo foi para ao intervalo com a vitória do Comercial pelo placar de 1 x 0 – aliás, o mesmo placar registrado também na arena Barueri, nesta segunda-feira (15) e na volta do intervalo, ai que o “bicho pegou”.

O árbitro Hélio Correa reiniciou a partida e não mais preocupou com as “ceras” feitas pelos jogadores do “Azulão” e o tempo foi passando, passando, passando e de repente, o jogo em seu segundo tempo chegou a exatos 60 minutos, ou seja uma hora de bola rolando e na arquibancada, os torcedores em pé, gritavam pedindo o fim do jogo, afinal era uma quarta-feira à noite e todos tinham compromissos no dia seguinte.

Finalmente o árbitro Hélio Correa, atendendo os torcedores acabou o jogo que teve no segundo tempo 1h exata de duração.

Interrogado pelos repórteres das rádios, ele justificou que a duração do jogo no segundo tempo, foi em função da cera realizada pelo time visitante, ainda no primeiro tempo!