Moradores da antiga favela Cidade de Deus começarão a construção da casa própria

Prefeito Marquinhos Trad participou do encerramento do curso de capacitação dos moradores da antiga favela Cidade de Deus (Divulgação)

O que era um sonho, a partir de segunda-feira (19) poderá se tornar realidade para os moradores da antiga favela Cidade de Deus, até então existente no Loteamento Municipal Dom Antônio Barbosa, localizado no bairro Lageado, na região do Anhanduizinho. Após serem foram reassentados para outras localidades, os representantes das 367 famílias concluíram o curso de capacitação e, a partir de agora, com a ajuda efetiva da Prefeitura, começarão a parte prática, que será a construção das casas de alvenarias.

Foi um ano de intenso aprendizado, ocasião em que os moradores aprenderam ainda nova profissão e, para tanto, recebiam um salário mínimo e uma cesta básica da Prefeitura, em parceria com o Governo do Estado, que financiou a compra dos materiais, com custo de R$ 4,9 milhões.

Com o fim da favela Cidade de Deus, os seus moradores, que foram reassentados no loteamento José Teruel II, localizado no bairro Lageado, Jardim Canguru, no bairro Centro-Oeste, e no loteamento Vespasiano Martins, localizado no bairro Los Angeles, todos localizados na região do Anhanduizinh0, terminaram nessa terça-feira (13) a parte teórica do curso de capacitação e, agora, deverão literalmente colocar as “mãos na massa”, iniciando a construção de suas próprias casas.

Com o sucesso do curso, o prefeito Marquinhos Trad era um dos mais eufóricos entre os participantes e, mesmo assim, ele ainda reclamou da demora imposta pela burocracia. Na ocasião, ele lembrou que o projeto concorre a um prêmio nacional  e destacou a ansiedade para ver os moradores com a chave das residências. “Quero estar lá. Só ficarei feliz e com o coração leve quando vocês estiverem com a chave da casa de vocês, com tudo arrumado. Quero ser convidado para almoçar com vocês, não como prefeito, mas como amigo de vocês”, declarou.

No curso, realizado pela Fundação Social do Trabalho (Funsat), eles aprenderam as profissões de pedreiro, eletricista, marceneiro, azulejista e pintor e agora poderão construir suas casas, no sistema de mutirão.

“Agora só depende de vocês, finalmente. Passada a burocracia, podemos dar início à construção das casas. Contamos com a cooperação de todos para  o sucesso da construção em mutirão” declarou o presidente da Funsat, Cleiton Freitas Franco.

A Funsat ficou responsável pelo pagamento, por meio do Programa de Inclusão Profissional, e pela capacitação dos trabalhadores. Já a Empresa Municipal de Habitação (EMHA) fez a readequação dos projetos, possibilitando a parceria com o Governo do Estado, que financiou a compra dos materiais, com custo de R$ 4,9 milhões.

“Nesta semana os contêiners já começam a chegar e na segunda-feira, o material para o canteiro de obras e de proteção individual. Os moradores tinham recebido 42 casas sem condições de moradia. Agora, capacitados, terão condições de construir a casa própria”, declarou o presidente da EMHA, Eneas José de Carvalho.