Tudo sobre a região do Anhanduizinho
Campo Grande, sexta-feira, 08 de dezembro de 2023.
Antes, os novos moradores do Residencial José Teruel Filho, moravam em barracos tais como esse, na antiga Cidade de Deus (Foto: Divulgação)
A chuva fina, mas intermitente, desta segunda-feira (8), pode ter sido considerada como “nada” ou “chuvinha” para os antigos moradores que, já enfrentaram tempestades mais agudas quando viveram nos barracos de pau a pique, cobertos por lonas, na antiga Cidade de Deus, mas que a partir de agora viverão de forma mais digna, em casas de alvenarias e dentro do possível, com todo o conforto e capaz de ao menos dar tranquilidade nesse período.
Mesmo sendo classificada por uns como pequena e simples, mas as novas residências dão aos seus moradores dignidade e endereço certo e sabido, de fácil localização.
Cada unidade tem 46,07 m² de área construída, com sala, dois quartos, banheiro e cozinha, além do acabamento, inclusive forro.
Agora orgulhosos, aos poucos eles vão arrumando as casas que são de alvenaria e para tanto, o primeiro passo é a limpeza (Foto: Divulgação)
Foi o que se notou através dos semblantes das novas 18 famílias que se mudaram nesta segunda-feira (8), para as novas casas e destas feitas construídas próximo ao Residencial José Teruel filho, no bairro Lageado, na região do Anhanduizinho.
“Estou vivendo um sonho após oito anos de dificuldades, vivendo num barraco que molhava quando chovia, estragando nossas coisas”, relata emocionada a dona de casa Deise Campos Barbosa de Souza, 29 anos, uma das beneficiadas nesta etapa da entrega de casas.
A expectativa agora para os que ainda estão na fila de espera é que em dois meses, fiquem prontas as 80 casas ainda em construção no Residencial José Teruel e mais 47 no Jardim Canguru. Lá, das 52 moradias planejadas para o bairro, cinco foram entregues semana passada e ainda neste mês, outras 15 ficarão prontas.
Mudar para a casa nova aliviou um pouco a tristeza de dona Maria Aparecida Santos, 51 anos, ainda de luto pela morte do marido que faleceu na quinta-feira (3) vítima de câncer. Ela ao lado do marido, resolveram na época, construir um barraco na área que deu origem à comunidade Cidade de Deus e com isso, ficar mais perto do trabalho, o antigo lixão, onde o casal ganhava a vida “garimpando” material reciclável para vender. Com a desativação do lixão, substituído pelo aterro sanitário, o casal passou a trabalhar na cooperativa de reciclagem.
Mas agora, ainda triste pela perda do marido, Maria Aparecida, em determinados momentos deixa escapar um sorriso, demonstrando a alegria pelo fato de ter conseguido o tradicional “cantinho”, para passar os dias da sua vida e mesmo sem o marido, mas querendo ser feliz.
0 Comentários
Os comentários estão fechados.