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Campo Grande, sexta-feira, 01 de dezembro de 2023.
Poda de um Oiti, no bairro Aero Rancho, setor III causa divergência nas opiniões dos moradores da localidade (foto: Campo Grande News)
A poda de uma árvore localizada na Praça Elup, no bairro Aero Rancho, Setor III, poderá se tornar uma “queda de braços” entre a administração Pública Municipal, através da Secretária Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), e os moradores do entorno da referida praça.
A árvore em “discussão” é da espécie originária da mata atlântica, conhecida como Oiti e é muito usada na arborização urbana por sua copa frondosa, que dá ótima sombra. As folhas são muito apreciadas pela fauna em geral. A sua madeira é de ótima qualidade para diversos usos, como postes, estacas, dormentes e construções civis. Seus frutos são comestíveis, com amêndoas ricas em óleo. Um aspecto notável desta espécie é sua reconhecida resistência aos poluentes urbanos. Uma árvore adulta chega a medir de oito a 15 metros de altura.
E justamente a poda de um “oitizeiro”, ainda em fase de crescimento, movimentou uma equipe de fiscais da Semadur, que apura a irregularidade bem como, tenta descobrir quem é o responsável pela poda ilegal da árvore, entre as Ruas Engenheiro Luthero Lopes e Tancredo Neves.
A presença da equipe da Semadur no local chamou a atenção dos transeuntes e, ao tomarem conhecimento do “porque” da presença da equipe no local, o assunto dividiu as opiniões dos moradores ou que passavam pela praça.
Uma das “entrevistadas”, disse que a Prefeitura realizou a poda da árvore e o dono de uma das lanchonetes existentes próximo à praça, por iniciativa própria, terminou o serviço, desgalhando ainda mais o Oiti. Sem os galhos, muitas pessoas acabaram “perdendo” a sombra frondosa e convidativa para uma roda de tereré.
Outra pessoa interrogada quanto ao serviço feito e que agora é alvo da Semadur, defendeu que era preciso fazer a poda, pelo fato de o local estar servindo de ponto de encontros de viciados em drogas. Nas proximidades da árvore, que hoje está podada, tem ainda um trailer de lanches e, atrás do mesmo, eram deixados preservativos usados, principalmente nos fins de semanas, pois com as ruas mau iluminadas e a envergadura do Oiti, o local ficava ainda mais escuro, se tornando um ponto de encontro frequentado por pessoas que andam à margem da sociedade.
Baseado na Lei Complementar n. 184, que dispõe sobre o Plano Diretor de Arborização Urbana, quem corta ou retira árvores sem autorização está sujeito à multa entre R$ 468,14 a R$ 16.229,32, os fiscais da Semadur tentam a todo custo descobrir o responsável pela pode “ilegal” do Oiti.
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