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Campo Grande, terça-feira, 12 de março de 2024.

sem nenhum registro oficial

Há 42 anos, OVNIs corta o céu da Capital de MS, passando por fora do estádio Morenão, descobrindo que, quem conta um conto, aumenta um ponto

Por Gilson Giordano em 06/03/2024 às 11:05

Através da foto que certamente não foi feita no dia do jogo é possível ter ideia concreta pelo local que cruzou o Objeto Voador Não Identificado, pela parte externa do Morenão (Foto: Google)

Março bem que deveria ser o mês para realização, sei lá, de alguma partida de futebol amistosa, pois nele, três fatos marcaram a história da modalidade não apenas na Capital de MS, bem como em todo o Estado e quiçá no país!

Três fatos históricos marcam fortemente o mês de março no futebol do Estado, dos quais, apenas um deles, tentarei mergulhar de cabeça, para resgatar a história, mesmo porque, eu estava no local, enquanto que os outros dois, mesmo já existindo, eu não participei ativamente.

Fatos

Pela ordem crescente das datas, nesta quarta-feira (6), aniversário da passagem do OVNIs, pela parte de fora do Morenão; dia 7 de março, inauguração do Morenão, que hoje está completamente desativado e com obras a passos de tartaruga, continua fechado e no dia 15, sexta-feira da próxima semana, aniversário de fundação do Comercial, que completará 81 anos de existência.

OVNIs

O dia foi 6 de março, de 1.982, um sábado, portanto há 42 anos, o Morenão viveu uma noite de pura magia que resultou em muitas histórias e por isso, para muitos, o mistério ainda continua: a passagem do Objeto Voador Não Identificado (OVNIs) e que causou milhares de burburinhos em todo o país.

Naquele noite, jogavam pela 2ª fase do Campeonato Brasileiro de Futebol, as equipes do Operário e Vasco da Gama, quando ainda no primeiro tempo, um estranho objeto, cortou pela parte de fora do estádio, o céu Campo-grandense.

Aquela partida, talvez pelo fato de ter sido disputada em um sábado à noite teve um público de aproximadamente 30 mil pessoas e claro e óbvio que nem todos com certeza, viram tal objeto, principalmente os que estavam ocupando a arquibancada na parte coberta, pois a melhor visão foi para quem estava na arquibancada descoberta, onde se concentraram as torcidas organizadas do Vasco da Gama e entre elas, a Torcida Organiza do Vasco (TOV), que tinha à frente saudosa torcedora e chefe da torcida,  Elisa.

Mesmo quem teve o melhor ângulo pra ver tal objeto, certamente estava concentrado no jogo e devido à velocidade do mesmo, não teve tempo de contemplar a beleza do seu formato, tal como um charuto e as suas luzes nas cores rosa e azul.

Claro que até hoje, a passagem de tal objeto desperta curiosidade e divide as opiniões.

Ditado popular

Como diz um antigo ditado popular, cujo criador, devido ao tempo de existência do mesmo, descoberto: “quem conta um conto, aumenta um ponto!” Nossa e como o pessoal aumentou!

Pois cada um, claro deu a sua versão, independente os que viram e principalmente os que não viram e sempre contando algo diferente a respeito do tal objeto, fazendo gestos com as mãos para dimensionar o tamanho ou arregalando os olhos, uma mistura de medo e surpresa.

Para se ter uma ideia, não se sabe o porquê, se por medidas de segurança ou algo que o valha, a Base Aérea de Campo Grande, nunca se pronunciou a respeito do tal objeto.

Para complicar ainda mais a situação dos que que aumentaram um ponto no conto, não teve nenhum registro de foto e nem imagens de televisão, para comprovar que tudo aquilo que eles falaram, tivesse sido verdade mesmo.

Entrevistas

Em buscas das informações, alguns órgãos de imprensa do chamado Grande Centro ou da Grande Mídia, mandaram correspondente à Capital de MS, para entrevistar os “sortudos” que teriam visto tal objeto e foi aí que a vaca, torceu mesmo o rabo.

Pois querendo se aparecer na mídia nacional, a “estória” contada não teve nada a ver na verdade com o fato acontecido ou registrado pela visão de alguns.

O jogo ainda estava no primeiro tempo, quando o tal objeto cruzou pela parte externa, mas em uma velocidade estonteante, o Morenão e em fração de segundos, desapareceu no infinito!

Nessa época, eu trabalhava na Rádio Difusora e como era setorista do Operário, que como mandante do jogo, ocupava o antigo túnel número 1, onde normalmente ficavam os times da casa e com isso, os visitantes, ficavam no túnel número 2.

Como se sabe, o túnel número 1, ficava à direita de quem entra ao Morenão, pelo portão principal, subindo a rampa. Memorizou? Pois bem e o tal OVNIs, passou justamente por aquela parte, mas do lado de fora e seguiu a sua rota e em questão certamente de milésimos de segundos, desapareceu na escuridão do infinito.

Tem um detalhe que eu faço questão de frisar para desmentir os “contadores de causos”, pois muitos dizem que tal objeto pairou sobre o campo do Morenão, só se o mesmo tenha pairado tal como dizem, no momento em que eu não estava no gramado. Mas se eu era o setorista do time, onde então que, com o jogo em andamento, eu poderia estar?

Depoimentos

Com a chegada dos jornalistas de outros centros, eles conseguiram talvez milhares de depoimentos, afinal o jogo tinha umas 30 mil pessoas e que pelas declarações concedidas aos jornalistas, todos que estavam no estádio, “acabaram vendo” o tal objeto.

Pasme, pois teve entrevistado, disse que o OVNI, chegou a pairar sobre o gramado do Morenão!

Faltou apenas o mesmo dizer que de dentro do OVNI, saiu um Extraterreste, saudou a todos e que o mesmo, teria sido convidado para um churrasco no dia seguinte, que foi um domingo. Faltou apenas isso, diante de tantas mentiras contadas!

Com toda certeza, certeza plena e absoluta, caso isso acontecesse, seria registrado um verdadeiro caos em uma partida de futebol e que marcaria a modalidade como um verdadeiro genocídio!

Imagine a reação das pessoas, ao verem um objeto não identificado, em forma de charuto, com luzes fortes, intensas, nas cores rosa e azul, com uma velocidade estonteante, pairando sobre o gramado?

Seria uma correria desenfreada e certamente, milhares de pessoas seriam pisoteadas.

O tal fato que aconteceu ainda no 1º tempo, teve depoimento de outro torcedor e o mesmo disse que os jogadores Cocada, lateral direito do Operário e Pedrinho, lateral esquerdo do Vasco da Gama, claro que estavam em campo e com certeza concentrados no jogo, teriam comentado sobre o pouso de tal objeto. Primeiro, repito e confirmo que, não houve nenhum pouso e caso isso tivesse acontecido, causaria uma correria desenfreada e teria sido registrada algumas cenas mais graves no corre-corre, com pessoas que poderiam ser pisoteadas, principalmente as crianças, ou então os torcedores daquela noite, estava acostumados a verem tal objeto e por isso, nem se assustariam.

Mas, mesmo com o aumento de um ponto de quem conta um conto, nesta quarta-feira (6), completa 42 anos do aparecimento que infelizmente não foi provado por nada, nem por uma foto ou por imagens da TV e o silêncio por parte da Base Aérea de Campo Grande.

Dirão os mesmo contadores de conto, que na época, como se sabe não existia ainda o telefone celular, ferramenta essa que nos dias atuais facilita tudo e nos ajuda muito,  mas na época,  existiam as máquinas fotográficas Polaroid ou  as Love e normalmente em jogos do Campeonato Brasileiro, quando   vinham os chamados grandes times,  vários torcedores levavam esse tipo de máquinas ao estádio, pois invariavelmente, após os jogos, gostavam de tirar fotos com os ídolos e no Vasco da Gama, Roberto Dinamite era um deles.

Também não foi feita nenhuma imagem pela televisão e há quem diga que, devido ao peso do equipamento da época, não foi possível girar a câmera para fazer tal gravação. Mas como assim, pois entre os contadores da “estória”, há quem diga que tal objeto ficou parado no centro do gramado do Morenão, por quase um minuto, tempo esse “enorme” para uma equipe de tv fazer uma filmagem, pois como se sabe, tempo na tv vale dinheiro.

Pois bem, nesse dia que se completa 42 anos de passagem do Objeto Voador Não Identificado (OVNIs), eu garanto que o fato, aconteceu, pois eu vi, mas nada a ver com os comentário surgidos na época, quando a maioria absoluta foi pautada pela mentira, principalmente nas entrevistas para se aparecerem e aproveitarem os segundos de fama.

OVI   

Agora, o que eu garanto, é que, o único Objeto Voador Identificado (OVI), que de fato pousou no Morenão, foi um helicóptero que levou a bordo, o então presidente do Comercial, o empresário Nery Sucolotti, logo depois que assumiu o mandato do time colorado. Tal fato aconteceu em uma partida disputada quarta-feira à noite e ele pousou no local, por volta das 20h e claro, chamou a atenção de todos.

Jogo

Quanto ao jogo, o Operário venceu pelo placar de 2 x 0, com dois gols marcados pelo jogador Jones, mas na sequência da competição, acabou sendo desclassificado nas oitavas de final para o Guarani de Campinas, sendo que no primeiro jogo disputado no Estádio Brinco de Ouro, naquela cidade, houve o empate por um tento e no jogo de volta, no Morenão, o “Bugre” venceu por 1 x 0 e avançou de fase.

Times

Na ocasião, os times tiveram as seguintes escalações:

Operário – Carlos Alberto, Cocada, Cassiá, Paulo Marcos e Luis Cosme; Garcia, Cleber Ribeiro, Arthurzinho e Pastoril; Jones e Moisés. Técnico Carlos Castilho.

Vasco da Gama –  Mazarópi; Rosemiro, Rondinelli, Ivan e Pedrinho; Dudu, Serginho Carioca, Roberto Dinamite, Cláudio Adão; Renato Sá e Wilsinho. Técnico Antônio Lopes.

O árbitro foi José de Assis Aragão e o público de 28 mil pagantes.

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