Mão amiga em Amambai

Na cidade, grupo de amigos presta solidariedade aos caminhoneiros, servindo refeições diárias

Áureo e Mônica são dois integrantes do trio de amigos que têm ajudado os caminhoneiros na cidade (Foto: Facebook)

Tempos atrás, para mostrar que a união faz a força, os caminhoneiros pararam o país. Agora, justamente graças a eles, o país “parado”, continua sendo movimentado pela vontade e disposição desses profissionais que, bem mais que os demais, enfrentam as intempéries do tempo, péssimas estradas, falta de estruturas e o que é pior, a saudade da família de quem passa longos dias fora.

Esse preâmbulo poderia ser a síntese sobre a vida de um caminhoneiro, no entanto, a mesma é muito mais rica de história fantástica e também desoladora.

Para esses profissionais do volante que levam o progresso do país nas carrocerias ou nas boleias dos seus caminhões, o dia-a-dia ficou ainda mais complicado, a partir do momento em que foi decretado o toque de recolher em várias cidades de Mato Grosso do Sul, devido à pandemia do coronavírus – Covid-19, pois literalmente eles ficaram mesmo na rua, ou na estrada, como queiram.

Em Amambai,  cidade com pouco mais de 40 mil habitantes, localizada na região sudoeste do Estado próximo aos municípios de Ponta Porã, Caarapó e também Mundo Novo e distante da Capital do Estado a quase 380 quilômetros, graças ao grupo denominado como “Andando por Amambai”,  aproximadamente 30 caminhoneiros não está perecendo e entregue à mercê da própria sorte recebendo alimentação diária.

A referida cidade também vive os dias de quarentena impostos pelas autoridades locais, para tentar conter o avanço do coronavírus – Covid-19 e com isso, praticamente tudo  está fechado, mas os profissionais do volante, devido às entregas que têm que ser feitas, estão no local onde o grupo composto por aproximadamente 30 a 40 profissionais, graças a outro grupo, este da própria cidade, “Andando por Amambai”, tem amenizado os problemas enfrentados diariamente pelos caminhoneiros.

Tendo à frente o micro empresário áureo Oliveira Moraes Junior, comerciante na área da informática, ao lado o profissional autônomo Erick Vinícius, pintor na construção civil e a ex-motorista do transporte coletivo no ônibus da Secretaria de Saúde, Monica Shinaider, que postou na página do Facebook, a vontade de ajudar os caminhoneiros e a resposta foi imediata, com o sinal verde para a turma.

Pois como milhares de outras cidades, Amambai também está parada devido às três suspeitas de registro para o coronavírus, cujos resultados dos exames deram negativos, mas mesmo assim, a cidade parou e com isso, segue a quarentena e apenas funcionam os supermercados, farmácias e delegacia. Os moradores obedecem ao toque de recolher a partir das 20h às 5h.

Com tudo fechado e sem ter onde alimentar, os caminhoneiros não chegaram a padecer, pois o trio se transformou em um mutirão e com o apoio da população, foi recebendo os mantimentos e fazendo as refeições para os caminhoneiros, variando entre 30 a 40 marmitex no almoço e jantar, diariamente.

Cardápio feito com esmero e dedicação por grupo de amigos, tem socorrido os caminhoneiros na cidade (Foto: Facebook)

Cientes das suqs contribuições sociais e para que cidade não pare e com isso não entrasse em um colapso econômico e social, o grupo em nome dos caminhoneiros, agradece a todos que têm contribuído de uma forma ou de outra para o bem estas dos mesmos e que a cidade continue o seu caminho rumo ao desenvolvimento, pois é isso que todos os amambaienses desejam.