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Tudo sobre a região do Anhanduizinho

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Campo Grande, quarta-feira, 31 de janeiro de 2024.

Guerra à dengue

Bairros da região do Anhanduizinho receberão a “operação” no período de 29 de janeiro a 4 de fevereiro

Por Gilson Giordano em 17/01/2020 às 09:23

Durante a megaoperação, os agentes ainda estarão vistoriando as residências e orientando os moradores (Foto? Divulgação)

De acordo com o plano de guerra, visando o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e Chikungunya, proposto pela Prefeitura Municipal de Campo Grande, os 14 bairros e 139 parcelamentos que formam a região do Anhanduizinho, receberão a “megaoperação”, na 2ª semana de fevereiro, nos dias compreendidos de 29 de janeiro a quatro daquele mês.

Conforme o planejamento que está sendo cuidadosamente elaborado, a ação estabelece uma série de atividades voltadas para o enfrentamento, conscientização e sensibilização sobre os riscos do mosquito Aedes aegypti e nessa “guerra” estão sendo integrando diversos órgãos da administração municipal, instituições públicas e privadas e sociedade civil organizada. A campanha terá a duração de dois meses e será desenvolvida nas sete regiões urbanas da Capital.

As ações contemplarão a limpeza de terrenos públicos, transporte de materiais inservíveis descartados, alocação pontual e temporária dos descartes em locais previamente definidos, fiscalização e autuação de descartes irregulares, visita às casas pelos agentes de combate às endemias para detecção de focos, limpeza, orientação e conscientização da população sobre os riscos e conseqüências das doenças transmitidas pelo mosquito.

Paralelamente, a Prefeitura se encarregará de fazer o trabalho de limpeza dos espaços públicos, incluindo praças e parques, sob a sua administração.

Durante o período de ação, será realizada uma grande gincana e, conforme as regras a serem estabelecidas, premiará os moradores que mais contribuírem com a limpeza do bairro e região, envolvendo toda a comunidade e contribuindo assim de maneira efetiva na eliminação de potenciais criadouros do mosquito.

Os trabalhos devem durar em torno de sete dias em cada região, respeitando a ordem pré-definida, conforme cronograma descrito abaixo:

  • 1ª Semana – 22 a 28 de janeiro/ Imbirussu.
  • 2ª Semana – 29 de janeiro a quatro de fevereiro/ Anhanduizinho.
  • 3ª Semana – 5 a 11 de fevereiro/ Bandeira.
  • 4ª Semana – 12 a 18 de fevereiro/ Prosa.
  • 5ª Semana – 19 a 25 de fevereiro/ Lagoa.
  • 6ª Semana – 26 de fevereiro a 3 de março / Segredo.
  • 7ª Semana – 4 a 10 de março / Centro.

Ações

Desde agosto do ano passado a Prefeitura tem intensificado as ações de enfrentamento ao mosquito, antecipando a chegada dos períodos críticos, de chuva e calor.

Desde então, as equipes da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Sesau tem realizado diariamente o trabalho de orientação e eliminação de criadouros do mosquito.

Além de inspeções em residências, é feita a vistoria em pontos estratégicos, áreas consideradas de maior risco de proliferação de mosquito e que exigem um trabalho específico, a exemplo de borracharias, oficinas mecânicas, pontos de recicláveis, construções, casas e construções abandonadas.

Recomendações

Durante as visitas, os profissionais de saúde orientam os munícipes a seguirem os cuidados necessários: nunca deixar ao ar livre qualquer recipiente propenso a acumular água, manter a limpeza de terrenos e quintais em dia, instalar telas nas janelas, colocar areia até a borda dos vasos de planta, manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo, acondicionar pneus em locais cobertos, limpar e trocar a água de bebedouros de animais, proteger ralos pouco usados com tela ou jogar água sanitária.

Infestação pelo Aedes

Conforme o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo o Aedes aegypti (LIRAa), sete áreas de Campo Grande foram classificadas com o risco de surto de doenças transmitidas pelo mosquito.
O número de áreas em alerta praticamente dobrou, em comparação com o último LiRaa divulgado em novembro do ano passado, passando de 22 para 42 áreas. Dezoito áreas permanecem com índices satisfatórios.

O índice mais alto foi detectado na área de abrangência da USF Iracy Coelho, com 8,6% de infestação. Isso significa que de 233 imóveis vistoriados, em 20 foram encontrados depósitos.

Dados epidemiológicos

Os dados epidemiológicos relativos aos 15 primeiros dias do ano mostram um número significativo de notificações de suspeitas de dengue feitas ao serviço de vigilância epidemiológica. Desde o início do ano foram 284 notificações, sendo que um óbito, de um homem de 30 anos, já foi confirmado.

Além dessas ainda foram registradas três notificações de Zika Vírus e uma de Chikungunya, que ainda estão passando por processo de avaliação laboratorial para confirmar ou não as suspeitas.

Durante todo o ano de 2019 foram registrados 39.417 casos notificados de dengue em Campo Grande, sendo 19.647 confirmados e oito óbitos.

Apesar dos números expressivos impulsionados pela epidemia do último ano, o mês de dezembro fechou com aproximadamente 45% a menos de casos registrados no ano anterior.

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