Copa Bolão Game Campo Nobre

Temendo o caos financeiro que poderá ser causado pela pandemia do covid-19, Júlio César busca saídas para realizar o evento

Junto aos demais diretores da UEFA, Júlio César (c) buscará uma saída para a Copa Bolão Game de Futebol, após o surto do coronavírus (Foto: Arauivo)

Com o anúncio feito nesta quinta-feira (16), do surgimento dos dois primeiros casos do coronavírus no bairro Alves Pereira, feito pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), diga-se de passagem, os primeiros registrados na região do Anhanduizinho, o cenário para se falar em prática de futebol tornou-se mais difícil e diante da pandemia, abordar o assunto pode ser até mesmo secundário, no entanto, não é, pois no caso o futebol, faz parte da vida de milhares de pessoas e é uma indústria empregadora e sem dúvida, impulsiona a economia no bairro e no comércio próximo aos campos onde são disputadas as partidas nos fins de semana.

Como se sabe, através do Decreto assinado pelo Prefeito, as atividades de lazer e práticas esportivas, principalmente as coletivas, continuam suspensas e para chegar à conclusão que nada será liberado na próxima semana e muito menos na outra ainda, não precisa ser nenhum médico infectologista, basta apenas acompanhar os boletins divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde ou pela Secretaria Municipal de Saúde, para chegar a tal conclusão, quanto à permanência dos campos de futebol “fechados”.

E diante desse cenário quanto, à longevidade para a reabertura das praças esportivas pela Prefeitura, todos os campeonatos de futebol, os já iniciados foram paralisados e os que seriam iniciados agora, tiveram as suas datas suspensas e com isso, adiadas, seguem aguardando as decisões.

Esse é o caso específico da Copa Bolão Game do Campo Nobre, a princípio estava prevista para ser iniciada no dia 11 de abril, no entanto, o organizador e responsável pelo evento, o presidente da Associação de Moradores do Jardim Campo Nobre, no bairro Centro Oeste, na região do Anhanduizinho, Júlio César Souza da Silva, diante das projeções econômicas e financeiras que apontam para uma severa crise mundial e local por conta do avanço da covid-19, além de ter adiado o início da competição pretende ainda, rever o valor da cobrança da taxa de inscrição, premiação e até mesmo tentar junto ao Sindicato dos Árbitros, a diminuição no valor da taxa nos jogos.

Entrevistado pela reportagem do site gritoregional.com.br a respeito do assunto, uma vez que a competição estava prevista para ter a participação de 32 times, com o envolvimento direto de aproximadamente quatro mil pessoas e que movimenta o comércio local, Júlio César adiantou a reportagem que há alguns dias vem pensando sobre o assunto e com isso, tem algumas metas se não definidas, mas traçadas e entre elas, constam a redução na taxa de inscrição e com isso também, ocasionaria a redução na premiação.

“Já venho pensando a alguns dias quanto à redução da premiação e no valor da inscrição, porque o cenário no retorno, muitos times voltarão para manter o lazer que é o futebol amador, então to pensando em algumas alternativas, em algumas novas situações para dar continuidade no futebol amador, mas o pensamento no meu campeonato é o de redução tanto na premiação quanto na inscrição para continuar fazendo o campeonato, mas de uma forma reduzida na questão de valores e estou pensando em conversar com o sindicato para ver qual a possibilidade e o que eles (árbitros) podem nos ajudar nessa situação”, adiantou Júlio.

Sindicato

Por sua vez, o Sindicato dos Árbitros, através do presidente Ernani Thomaz, no primeiro momento demonstrou irredutível, quanto à diminuição do atual valor cobrado na taxa de arbitragem que gira entre R$ 85 a R$ 90, no entanto, após ter conhecimento quanto à possibilidade da redução na cobrança da taxa de inscrição dos times e também da premiação o mesmo foi ao encontro das aspirações proposta ainda que indiretamente por Júlio César de Souza, que não fez o comunicado oficial ainda, mas demonstrou sensibilidade quanto à redução do valor ora cobrado.

“É claro que, após uma reunião com os organizadores dos campeonatos e com documentos no qual eles garantam que reduzirão o valor na taxa de inscrição e da premiação, vou reunir com os árbitros e junto com eles, acertar também uma possível redução. Pois não é justo, manter a mesma taxa de inscrição e premiação e apenas os árbitros darem suas parcelas de contribuição e diminuir o valor (da cobrança)”, afirmou Ernani.

Inscrição

A princípio, o valor da inscrição na Copa Bolão Game Arena Campo Nobre era de R$ 900, à vista ou R$ 1 mil, em três vezes no cartão e o valor da taxa de arbitragem era de R$ 85.

Premiação

Quanto à premiação previamente estabelecida durante a reunião realizada com os representantes dos times e posteriormente anunciada era as seguinte:  para o time campeão o premio no valor de R$ 14 mil, o vice-campeão receberia R$ 5 mil, o 3º colocado ficaria com R$ 2 mil e o 4º colocado receberia da organização o premio no valor de R$ 1 mil.

O artilheiro e o goleiro menos vazado da competição receberiam cada um deles, o prêmio de R$ 150.

Toda a premiação somada totalizaria o montante de R$ 22 mil.

No entanto, diante da pandemia, Júlio César adiantou que tudo será revisto e rediscutido com os representantes dos times e patrocinadores que  claro, poderão refazer as suas propostas e nesses casos estão CN, Planeta Esportes, Versátil Camiseteria e Sicredi, além dos apoios do deputado estadual Jamilson Name e do vereador Ademir Santana.

UEFA

Como se sabe, a Copa Bolão Game Arena Campo Nobre tem o aval da União Esportiva de Futebol Amador (UEFA), da qual Julio César Souza da Silva é um dos diretores da entidade e agora em compasso de espera, terá que aguardar a data oportuna para primeiro, realizar as reuniões pretendidas com representantes dos times e com o Sindicato dos Árbitros para depois, remarcar o início da competição que provavelmente poderá ser iniciada no mês de junho.