Tudo sobre a região do Anhanduizinho
Campo Grande, terça-feira, 12 de março de 2024.
Evento foi organizado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) reuniu dezenas de profissionais (Foto: Divulgação)
Professores e outros representantes das unidades escolares dos bairros Guanandi, Aero Rancho, Centenário e Lageado, todos localizados na região do Anhanduizinho, participaram nesta quarta-feira (19), à tarde, de uma formação sobre o Método Wolbachia, que combate a dengue e está em implementação em Campo Grande. O evento foi organizado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e pelo World Mosquito Programa Brasil, iniciativa de combate às arboviroses conduzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Ao todo participaram mais de 40 profissionais entre diretores, coordenadores pedagógicos e professores, além de gerentes e enfermeiros de unidades de saúde, coordenadores da vigilância ambiental, CCZ e assistência social, representantes das unidades escolares.
Método Wolbachia
A Wolbachia é uma bactéria intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não estava presente no Aedes aegypti. Quando presente neste mosquito, ela impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam dentro do mosquito, contribuindo para redução destas doenças.
O Método Wolbachia consiste na liberação de Aedes aegypti com Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais e gerar uma nova população destes mosquitos, todos com Wolbachia. Durante o evento, biólogos da Fiocruz explicaram aos educadores sobre o Wolbito, o mosquito utilizado no combate à dengue, zika e chikungunya e que vem somar esforços ao trabalho de combate já praticado em Campo Grande.
O gestor do WMP Brasil em Campo Grande, Gabriel Sylvestre, falou sobre a dinâmica de trabalho que será desenvolvida nas unidades escolares. Ele disse que será criado um grupo com os profissionais da educação para a troca de experiências e compartilhamento de ações e atividades pedagógicas que explicam o método para alunos e comunidade escolar.
“A ideia é que os professores conheçam bem o método e utilizem o tema nas aulas de rotina, feiras de Ciências e projetos de pesquisa. Temos muito material para repassar, inclusive um e-book, além de um vasto conteúdo em nossas redes sociais. Cada escola vai determinar como levar essa informação às aulas”, destacou Gabriel.
A liberação dos Aedes aegypti com Wolbachia em Campo Grande está programada para começar no próximo semestre, por isso a importância do engajamento social para tirar as dúvidas e dialogar sobre as formas de combater as arboviroses.
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