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Campo Grande, quinta-feira, 14 de dezembro de 2023.

túnel do tempo

Octeto formado por ex-boleiros e ex-árbitros, faz reuniões quinzenais para manter sólida a amizade construída em campo

Por Gilson Giordano em 09/06/2023 às 09:48

Sempre na residência de um dos integrantes do octeto, reuniões acontecem quinzenalmente e nelas, tomem os “causos” do bom futebol vivido poe eles (Foto: Divulgação)

O quadro “Verdade ou Mentira?”, lançado durante o programa “Segue o Jogo”, apresentado sempre às quartas-feiras, logo após a transmissão de uma partida de futebol, pela TV Globo, não chega a ser nenhuma novidade e o mesmo apenas trocou de nome, mas a essência permanece que é a de levar um ex-jogador, aqueles dos bons tempos, quando ainda existia futebol de qualidade e durante o quadro, o mesmo conta uma ou outra peripécia, sempre hilária, fatos que não acontecem mais no chamado “futebol moderno”.

Antes desse “novo quadro velho” “Verdade ou Mentira?”, o público se deliciou com os “causos” contados pelos ex-jogadores Amaral e Gilmar Fubá (In memoriam), que de fato, eram mesmo mesmos hilariantes e provocavam as mais gostosas risadas no mais agudo sisudo que assistiu o antigo quadro, com a presença de um deles, na TV Jovem Pan.

Capital MS

No entanto, essas reais e intermináveis “estórias” ou “causos”, contadas por ex-jogadores de futebol, nesta quarta-feira (7), por exemplo, no quadro “Verdade ou Mentira”, teve a presença de Donizete, “Pantera”, que contou, devido ao curto tempo de programa, duas rápidas “historietas”, mas que sempre, causam risos gostosos e remetem os telespectadores raízes, aos áureos tempos do futebol brasileiro.

Na Capital de MS, onde claro como praticamente em todas as cidades do país, existem também os ex-jogadores, árbitros e preparadores físicos, que já percorreram o país de ponta-a-ponta, exibindo as suas técnicas e com isso, também vivenciaram ou protagonizaram centenas, talvez milhares de histórias, que devido à falta de espaço maior, o grupo não pode apresentá-las, contá-las ao vasto público.

Octeto

O octeto – oito –  é  composto por cinco jogadores que atuaram nos mais diversos clubes do futebol brasileiro, exibindo a arte de jogar futebol, um ex-árbitro, que devido à suas qualidades técnica, física e disciplinar, integrou o Quadro de Aspirante à FIFA e com isso, apitou milhares e  milhares de jogos pelo Brasil afora,  o outro integrante do grupo, um ex-preparador físico, que simplesmente devido à sua qualidade, foi convidado e claro que aceitou,  trabalhou nos Emirados Árabe, onde ficou alguns anos e com essa rica passagem pelo continente asiático, ao longo da costa sul do golfo Pérsico na península Arábica.

No entanto, o que diferencia o “octeto” dos demais, é que a reunião promovidas e organizadas pelo grupo, nunca é feita aos domingos ou feriados, pois todos ainda, mesmo tendo largado o futebol, exercem outras profissões e claro, voltada para as atividades esportivas que normalmente, são disputadas ou realizadas nesses dias citados.

Diante desse “problema”, que logo teve solução, mas com milhares de “causos”, de “estórias”, para serem contadas, o octeto decidiu se reunir quinzenalmente, mas durante a semana, sendo normalmente às terças ou às quartas-feiras, no horário noturno, com os encontros sendo sempre iniciados às 19h se prolongando ao máximo, até às 23h e com essa limitação de tempo, claro que a bebida também é super limitada, pois no dia seguinte, todos têm que enfrentar o “batente”.

Afinal, quem são?

O porta-voz do grupo, foi o jogador, um dos maiores craques do futebol da região Centro-Oeste, tanto que logo ganhou projeção nacional, Biro-Biro que fez questão de frisar que, “não chega a ser um grupo ‘fechado’, longe disso, no entanto, quem tá fora não entra e quem tá dentro não sai” e esse detalhe de não sair é devido à sólida amizade que o grupo construiu ao longo da carreira e que continua mais sólida ainda nos dias atuais.

E com tantas “estórias” para serem contadas, tantas “resenhas” para serem comentadas, o grupo vem se reunindo dentro desse prazo: quinzenal e sempre com revezamento, na casa de um dos integrantes do grupo, com um detalhe importante: ninguém pode faltar!

Formação

Não se sabe ainda, originariamente como começou a formação do octeto, mas a composição do mesmo todos  já sabem: o ex-árbitro do Quadro da FFMS e um dos primeiros integrantes do Quadro Aspirante à FIFA, Getúlio Barbosa Souza Jr, e o outro árbitro que mesmo formado, nunca atuou e é um dos gestores  da Funesp: Ernane; o ex-preparador físico que viajou pelo mundo, André Chita e agora que vem a parte daqueles que na verdade,  detêm as ricas histórias ou “estórias” que são contadas tal como versos e prosas, ou ainda,  as que por certo  serão contadas, devido a enormidade do  repertório, talvez os  protagonistas, que são os ex-boleiros e que tem na composição Biro-Biro, Carlos Alexandre (Birinho), o ex-goleiro Marcos Padilha, (Marquinhos) e  mais dois que, paralelamente e claro com todo o respeito,  podem ser comparados aos dois jogadores  reconhecidos nacionalmente e citados na matéria, Amaral e Gilmar Fubá, que nesse caso podem ser dignamente representados com todas as honras, pelos jogadores Halisson, conhecido como “alemão” e Nelsinho, conhecido por “Chaveirinho”, ambos conhecidos como verdadeiras “máquinas” de contação de “causos”.

Claro que dentro do grupo, todos eles têm os “causos” para serem contados, afinal foram dezenas de anos atuando nos mais diversos estádios de futebol, convivendo com os mais variados tipos de “boleiros”, no entanto, esses dois, podem ser considerados como “hour concour”.

O ex-jogador “Alemão”, por exemplo tem uma que é contada repetidamente e mesmo assim, é extremamente hilária e em todas as vezes, arranca risos de quem ouvem. A mesma se passou na cidade de Curitiba (PR) e envolve um jogador novato, que ao arrumar rapidamente uma namorada, mentiu onde morava e ao chegar à casa dita por ele, o mesmo deu de cara com cães da raça pastor alemão, bem o resto, o “alemão” conta depois, mas essa é a preferida do preparador físico André Chita.

“Chaveirinho”, claro que não fica para trás e apresenta um infindável repertório e entre eles, quando o mesmo jogou em Coxim, interior do Estado e que montou um timaço de futebol e na ocasião, um jogador novato contratado pela diretoria, chegou e se apresentou, integrado ao elenco, mas ao se dirigir para apanhar o material de treino, “Chaveirinho” o alertou a respeito da deficiência auditiva do roupeiro e para tanto, ele deveria gritar ao extremo, devido também à extrema surdez do mesmo.

Claro que, sem conhecer o roupeiro, o jogador novato chegou à porta e aos gritos pediu o material para o treinamento. Pronto, confusão formada! Pois o roupeiro se sentiu ofendido e quis briga. Resumo, na mesma hora o jogador voltou para o hotel, apanhou as suas coisas e voltou para a sua cidade natal. Claro que contando dessa forma, não tem nenhuma graça, agora deixe os protagonistas contarem e fazerem os gestos, pra ver como os “causos” são na verdade, extremamente engraçados.

Ainda conforme o porta voz do  octeto, o ex-jogador, Biro-Biro, que ainda defendendo o Comercial e  em um jogo no Morenão, contra o Palmeiras,  enlouqueceu o técnico Rubens Minelli, no comando do time paulista, que do túnel, pois naquela época não tinha ainda o tal espaço técnico,   gritava, claro que não igual ao jogador em Coxim gritou com o roupeiro, mas era alto: “parem o loirinho, parem o loirinho” que era justamente Biro-Biro, que com a sua inigualável habilidade, “deitou e rolou” e segundo o mesmo, ele disse que  de fato o grupo é fechado e  chega a ser igual ao Clube do Bolinha, pois apenas os homens se reúnem e com isso, ficam  longe das suas esposas ou namoradas, pois ainda segundo ele,  papo de “boleiro”, às vezes pode ser muito “forte” e emendou: “Elas (esposas) nos conheceu jogando bola e sabe que temos muitas histórias e nessas reuniões que são feitas em casas, com horário pra  começar e acabar, não rola nada de anormal”, garantiu.

Seria uma boa levar parte desses “causos” para o público, mas fica a dúvida: será que os mais novos, entenderiam?

Pois entre os “causos”, tem aquele que na verdade é muito antigo, da “calça plástica”. Quando os jogadores novatos realizavam a primeira viagem área e os mais experientes perguntavam sobre o referido objeto, ou em pleno voo, o ainda mais experiente ao ver o novato comendo e bebendo, dizia ao mesmo que, chegando ao aeroporto, deveria pagar a despesa e este seguia à risca as recomendações.

Claro que casos assim, não acontecem mais de forma alguma e hoje os novatos ao viajarem, levam a tiracolo, o seu “cabelereiro” e o seu “tatuador”.

Agora os “penetras” querem saber quando e na residência de qual deles será realizada a próxima reunião, mas apra a tristeza dos mesmo,  a tertúlia, como sempre, será restrita aos oito integrantes do grupo.

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