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Campo Grande, segunda-feira, 04 de dezembro de 2023.

Bons tempos do rádio esportivo

O dia em que o repórter de campo quase “derrubou” o narrador, após a discrição de um lance durante a partida

Por Gilson Giordano em 29/12/2021 às 09:58

Joãozinho Gente Boa, conhecido como JGB, marcou época nos bons tempos do rádio corumbaense (Foto: Diário de Corumbá)

Mesmo ainda em época do chamado “retro”, quando muitos veículos de comunicação optam por trazer as retrospectivas dos fatos mais importantes, aos seus leitores, o site grito regional.com.br manterá a sua filosofia usual e sem noticias mais abrangentes, pois os órgãos responsáveis pelo provimento do progresso dos bairros e da cidade, estão em fase de recesso e com isso, as noticias que estão sendo trazidas à baila, são as de cunho policiais, aumentando ainda mais a tristeza vivida pelos familiares dos envolvidos nos fatos.

Com isso, nada melhor que, dentro do possível, tentar arrancar do leitor do site grito regional.com.br  um pouco de alegria e sorriso e para tanto, continuaremos contando os “causos do futebol”, quando a modalidade era praticada com excelência de qualidade pelos seus adeptos.

O “causo” de hoje, uma vez mais nos remete à minha querida Cidade Branca, a “inigualável” e sempre querida Corumbá, quem tem conhece, não esquece jamais!

Os personagens, uma vez mais os integrantes da equipe de esportes da Rádio Clube que tinha o narrador Jonas de Lima e o repórter de campo, JGB,  conhecido por “JGB”, que faleceu em 1.972, mas marcou época nos áureos tempos do rádio.

Como se sabe, o repórter de campo, pelo fato de estar à margem do campo,  tem mais visão que o narrador sempre está longe dali, na cabine fechada no último lance da arquibancada e com isso, o repórter tem conhecimento de tudo ou quase tudo que se passa no campo e tem muito mais informações precisas que o narrador.

Interessante que, Jonas de Lima, era branco e de aproximadamente 1,75, mais ou menos era JGB era negro e pelo fato de sofrer de nanismo não tinha mais que 1m20, mas entre os dois existia uma intensa e sólida amizade.

Uma vez mais, o palco, o “querido” estádio Arthur Marinho, domingo à tarde com temperatura típica da cidade, em torno dos 38ºC “na sombra”.

Estádio com bom público e naquela época, os espectadores faziam questão de levar rádio à praça esportiva independente do tamanho e com isso, até mesmo o chamado “radinho de bolso” ganhou espaço e pasmem, já tinha fone de ouvido.

Era de fato  um “charme” ver o jogo e ouvir a transmissão da partida.

O jogo estava muito disputado e Jonas de Lima dando vida à narração, colocando os adjetivos apropriados para a modalidade, despertando ainda mais o interesse do ouvinte quanto à partida.

Em determinado momento do jogo, um dos times atacou com tudo e Jonas de Lima, descreveu o lance, dando ênfase, colocando vida na jogada e sem poupar os adjetivos disse:

Recebeu o passe, driblou um, passou pelo outro, grande jogada entrou na área vai marcar  atirouuuuuu para foraaaaaaaaaaa!!! Essa não!! Mil vezes não! Errouuuuuuuuu! Inacreditável! Fez tudo certo, mas na hora de finalizar, chutou para fora”!

Dito tudo isso, Jonas de Lima, claro que também queria dar uma “arrumada” na garganta, para tirar o pigarro e de pronto acionou o repórter de campo, JGB.

JGB, o que foi que você viu ai de baixo?”

Claro que, o narrador esperava que o repórter desse detalhes da jogada, como por exemplo, a bola foi desviada pelo “morrinho artilheiro”, ou fugiu do controle, desiquilíbrio na jogada, algo assim, para enriquecer a informação, mas que nada!

E no vácuo da pergunta feita por Jonas de Lima e sem dar chance ao mesmo de ao menos limpar a garganta, de forma “super sucinta”, JGB respondeu:

“O mesmo que você viu ai de cima!”

Será que matou (de raiva) o narrador?

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