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Campo Grande, quinta-feira, 21 de março de 2024.

tbt futebol

No jogo Operário e Palmeiras, em 1984, descarga elétrica na arquibancada descoberta causa pânico e correria no Morenão

Por Gilson Giordano em 21/03/2024 às 09:50

Lance que resultou no gol de empate do Palmeiras, marcado pelo zagueiro Luis Pereira, aos 43 minutos do primeiro tempo (Reprodução)

Coincidência ou não, mas hoje mudarei de “chavão” e deixarei de lado o velho e tradicional “túnel do tempo”, para usar o famosíssimo #TBT, que de acordo com as pesquisas que eu fiz significa: #tbt é um acrônimo para Throwback Thursday, que pode ser traduzido livremente com a ‘Quinta-feira das Lembranças”.

Antes, porém um lembrete: acrônimo significa siglas iniciadas pelas sílabas que podem, mas não necessariamente, formar uma “nova palavra”.

E como hoje é quinta-feira (21), por isso a coincidência, usarei então o famoso #TBT, assim como em outras  matérias,  eu  usei o chavão “túnel do tempo” e entre elas para  trazer à tona a passagem do OVNIs pela parte  externa do estádio Morenão, no jogo entre Operário e Vasco, no dia 6 de março de 1.982, hoje eu trago mais um fato registrado também no “velho” e inesquecível Morenão, local de milhares de lindas histórias, mas que hoje está TOTALMENTE DESASTIVADO e uma vez mais, um dos protagonistas é o time do Operário, quando participava dos campeonatos brasileiros e disputava em igualdades de condições, com os chamados “grandes clubes do país”.

Jogo

Há exatos 40 anos, em jogo válido pela 1ª fase da antiga Taça de Ouro e que depois passou a ser chamado de Campeonato Brasileiro, o Operário, com trio de atacantes infernais, formado por Edinho, Lima e Nenê, enfrentou no dia 5 de fevereiro de 1.984, um domingo à tarde, o “timaço” do Palmeiras, que tinha Leão, Luis Pereira e companhia.

Claro que nem precisa citar a qualidade técnica do jogo, mas que, por ação dos Deuses do Futebol em não constranger nenhum dos times, a partida acabou empatada por um gol.

Susto

Nessa partida, um lamentável episódio e que por pouco não se transformou em uma grande tragédia, foi registrada por todos no Morenão.

Nada de disco voador que “pairou” sobre o gramado, nada disso! A situação foi muito mais grave mesmo!

Aliás, mesmo porque o tal disco voador, não pairou coisa nenhuma sobre o gramado do Morenão, isso foi “estória” contada por mentirosos!

Apenas pegando um “gancho”, da recente audiência pública realizada no Plenarinho da Assembleia Legislativa de MS, que discutiu o atraso das obras no Morenão e na ocasião o consultor jurídico da Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (Fapec) José Eduardo Meira Lima,  ao elencar  quais as obras que ainda restam para a liberação do estádio, citou entre elas a instalação do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), que é um conjunto para proteger pessoas das ações dos raios.

Confesso que, pelo fato de não ser engenheiro eletricista, não sei se a falta do referido sistema é um antigo problema na referida praça esportiva, mas eu acho que, devido à falta desse sistema, ainda em 1.984, quase foi registrada uma tragédia no estádio Morenão.

Naquela linda tarde de domingo, uma vez mais como sempre acontecia, jogos com “casa cheia” e na ocasião,  deveria ter no Morenão mais ou menos umas 30 mil pessoas, pois apenas o público pagante foi de 27.956 pagantes, mas sempre tem os que aproveitam “boca livre”, os que entram na “faixa” e entram de graça, acredito que 30 mil pessoas estavam presentes, mesmo porque, qual torcedor que não queria ver de perto as atuações do goleiro Leão, do zagueiro Luis Pereira, um dos maiores do mundo na posição?

E o Operário, claro que não ficava devendo nada a nenhum dos times grandes do país, pois igualmente tinha também um timaço.

Gol relâmpago

Para se ter uma ideia da qualidade técnica do Operário, o centroavante Lima, marcou o gol do Galo, logo aos oito segundos do primeiro tempo. Sim, aos oito segundos mesmo!

E o jogo transcorria dentro da normalidade, muita qualidade técnica e por isso, muito disputado!

Apesar da linda tarde verão que reinava na Capital de MS, favorecendo em muito o comparecimento de milhares de torcedores do Morenão, na arquibancada descoberta, mais do lado direito e esquerdo de quem entrava (pois hoje não entra mais) pela rampa principal do Morenão, em uma das torres teria sido registrada uma descarga elétrica e justamente, talvez pela falta do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) e devido ao tremor  que a mesma pode ter causado, a arquibancada tremeu e um torcedor teria gritado:

“Tá caindo o Morenão!”

Foi um desespero total!

Pois com o tremor sentido por todos e com o grito, os torcedores tentaram com muito desespero correr, claro e lógico. No entanto, muitos deles pularam a mureta de proteção, caindo dentro do antigo fosso e os que não se machucaram, subiram para a pista de atletismo em torno do gramado.

Jogo paralisado

Diante do caos instalado, o árbitro Luís Cunha Martins, da Federação Gaúcha de Futebol, decidiu paralisar momentaneamente o jogo,  talvez uns 15 ou 20 minutos, uma vez que alguns torcedores, assustados, com medo, entraram em campo após o grito e a correria registrada e com isso, os    policiais militares, integrantes da imprensa (inclusive eu) e até mesmo os jogadores dos dois times, tentavam da pista, gritando, fazendo gestos com as mãos, tentavam acalmar, contornar a situação que com muito custo e depois de muito tempo, foi controlada e finalmente o jogo pode continuar.

Mas conforme os registros, alguns torcedores sofreram fraturas nas pernas, braços, além das escoriações.

Esse fato aconteceu, confesso que procurei algum registro fotográfico, mas infelizmente não encontrei.

Mas isso não impede ou invalidade fazer esse #TBT, para resgatar esse episódio registrado no Morenão, no dia 5 de fevereiro de 1.984, quando jogo terminou empatado por um gol, sendo que Lima marcou o gol do Galo e Luis Pereira, marcou o gol do Palmeiras.

Times

Na ocasião, o time escalado pelo então técnico Carlos Castilhos foi: Ivan; César, Odair, Valdir e Dionísio; Dito, Marcinho e Cardim; Edinho, Lima e Nenê.

Palmeiras mandou a campo: Leão; Ditinho, Luis Pereira, Vágner Bacharel e Márcio Alcântara; Fausto, Aragonês, Roberto (Baltazar) Reinaldo Xavier e Jorginho. Técnico Carlos Alberto Silva.

Árbitro: Luís Cunha Martins, da Federação Gaúcha de Futebol.

Público pagante: 27.956, para renda de Cr$ 43.717.000,00.

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