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Campo Grande, sexta-feira, 24 de novembro de 2023.

Arena guandizão

Que rufem os tambores e toque as trombetas para o Rei Carlinhos, da Arena Guanandizão

Por Gilson Giordano em 05/02/2021 às 10:30

Com os holofotes voltados para ele, Carlinhos da Garolle Seguros é o Rei da Arena Guanandizão (Foto: Divulgação – Arte: Nilton dos Santos Silva – Comunidade Tia Eva)

Que toquem as trombetas e rufem os tambores! Pois a Arena Guanandizão tem de fato o verdadeiro “Rei” no campeonato de futebol amador na categoria master 40 anos: Rei Carlinhos, o primeiro e único!

Às vezes, os ditos populares se contrapõem aos fatos e baseado na máxima que “toda regra tem exceções” tem aquela que diz: “quem foi rei, nunca perde a majestade”.

E ele, nunca deixou de reinar, portanto nunca perdeu a coroa, o cetro, o manto enfim, Sua Majestade e continua brilhando agora nos campos de futebol suíço, onde mantém o mesmo faro de gols e por isso é o artilheiro da competição.

Carlos Francisco da Silva, conhecido por todos como “Carlinhos” que a partir de agora passa a ser chamado pelos súditos de “Rei da Arena Guanandizão”.

Natural de Palmeiras dos índios, onde nasceu no Dia da Independência do Brasil, que também poderia ser conhecido como Dia da Independência do Futebol: 15 de novembro de 1.971, isso em função dos gols marcados por esse centroavante, pasmem de apenas 1,60m e hoje com o peso em torno de 60 quilos.

Carlinhos, ops, o “Rei da Arena Guanandizão”, ao contrário da maioria dos jogadores da atualidade, pode ter iniciado a sua vitoriosa carreira de jogador tardiamente. Pois ele  começou aos 17 anos, idade essa que nos dias atuais, a maioria, já está em grandes times no futebol brasileiro, mas que ainda tenta jogar bola e mostrar um pouco de futebol, tal como fez Carlinhos.

Apesar da compleição física, pois com apenas 1,61 de altura, nada comparado aos “brucutus” da atualidade, Carlinhos, agora “Rei da Arena Guanandizão, logo ganhou destaque no time do CSA e com isso, despertou atenção em outras equipes do futebol brasileiro.

O time do Gama, do futebol brasiliense chegou primeiro e adquiriu o passe do jogador que defendeu o mesmo por três temporadas.

Sempre brilhando na artilharia da competição candanguense, o agora “Rei da Arena Guanandizão” começou a tradicional e conhecida vida cigana dos jogadores brasileiros. Foi para o Náutico (PE), Guará e desembarcou em Campo Grande em 2002, onde defendeu por quatro temporadas o Centro Esportivo Nova Esperança (CENE).

No entanto antes de desembarcar na Capital de MS, o jogador devido às suas qualidades técnicas, com rara habilidade, o mesmo defendendo ainda o time do Gama, complicou um jogo para o Flamengo do Rio que chegou a cogitar a sua contratação, no entanto, devido à elevada pedida na época, uma transação em torno de R$ 200 mil, inviabilizou a sua ida para a Gávea. Depois do Flamengo, o Botafogo também manifestou interesse no jogador, mas as negociações não evoluíram.

Susto

No entanto, antes de chegar ao CENE, o “Rei da Arena Guanandizão”, sofreu um grande susto, tendo inclusive colocado em risco a sua brilhante e vitoriosa carreira de jogador de futebol.

Foi em 1.998, em jogo amistoso no interior de Goiás, em um lance o mesmo teve fratura exposta na perna direita e devido à gravidade da contusão, claro, ficou afastado dos campos pelo longo período de dois anos e nesse tempo todo, as dúvidas e incertezas quanto ao retorno aos campos.

Sem nunca ter perdido Sua Majestade, no novo clube, o CENE, Carlinhos continuou brilhando e reeditando o mesmo futebol mostrado anteriormente, provando a ele mesmo que estava recuperado da grave contusão.

No time do CENE, Carlinhos foi o artilheiro em três temporadas, sendo que em 2004, o mesmo foi ainda artilheiro de todos os campeonatos estaduais, tendo marcado mais gols.

Depois do CENE, ele ainda continuou a sua vida cigana e foi jogar no time do Vila Aurora e depois no Bandeirante, onde após 20 anos de intenso brilho, encerrou a carreira, mas não  deixou  a coroa, o cetro e muito menos o manto e o trono.

De volta à Campo Grande,  Carlinhos não largou da bola, pois um nasceu para o  outro, um completa o outro, ele deu aulas de futebol.

Mas não estava 100% feliz, pois ele sentia saudade das comemorações, das vibrações com os gols marcados durante os jogos.

Nesse meio tempo, ele foi convidado pela diretoria da Garolle Seguros, para integrar o time de master e convite feito convite aceito e assim Carlinhos foi continuar o seu reinado desta feita jogando futebol suíço, claro que em campo com dimensões inferiores, com menos jogadores em campo, mas como disse Maurio Maroka, organizado dos campeonatos disputados, onde Carlinhos agora é o Rei: Arena Guanandizão: “cachorro velho perde o pelo, mas não perde o faro”.

Na competição, jogando pela equipe da Garolle Seguros/LL Imóveis ele já desponta como artilheiro, com dez gols marcados, sendo que dos quais, na rodada disputada dia 31 de janeiro, o mesmo em apenas um jogo, marcou cinco gols, daí com toda honra o merecido titulo de Rei da Arena do Guanandizão.

Ao comentar a respeito do “Rei”, Maroka não poupa os elogios e garante que o mesmo continua sendo o terror da defesa adversária.

“Ele (Carlinhos) é fera. É diferenciado, mantém um bom pique, uma condição física invejável para quem tem 50 anos”, disse Maroka.

Há sete anos Maurio Martins Maroka, vem promovendo as competições na Arena Guanandizão, sendo duas realizações anuais e interrogado a respeito se sabia ou recordava de algum jogador que fez cinco gols em um jogo só, sem ter certeza ele citou dois, mas vagamente.

“Esse é o 11º campeonato na categoria 40 anos e o 7º na categoria 50 anos que realizou aqui, mas não lembro em sã consciência de algum jogador ter marcado cinco gols em uma só partida”, disse.

No entanto, à base do “achismo”, Maroka disse que: “Não tenho certeza, mas eu acho que o Tirson, que também joga no Garolle (Seguros), Branco e ele mesmo (Carlinhos) já tenham marcados o tanto de gols registrados na partida do dia 31 de janeiro, contra o time do Náutico”, mas sem ter certeza.

Muitos dirão: “ah fazer gols em futebol suíço, qualquer um faz”, mas independe onde quer que o tento seja marcado, pois o mesmo sempre servirá de emoção e vibração para o seu autor, podendo ser até mesmo no tradicional “futebolzinho” – aquele jogado na rua -, ou no tradicional “casado x solteiro”, o gol ainda mais no futebol suíço onde tem os chamados “cascudos” jogando, será sempre a essência do futebol e motivo de vibração e festejos do seu artilheiro.

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