Tudo sobre a região do Anhanduizinho
Campo Grande, quarta-feira, 07 de fevereiro de 2024.
Nos hospitais, a luta contra a doença continua intensa e em muitos casos, os pacientes saem vitoriosos (Foto: Divulgação)
De acordo com os boletins divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a região do Anhanduizinho foi uma das que mais sofreu com a pandemia causada pelo coronavírus Covid 19 e grande parte dos moradores dos 14 bairros, divididos em 139 parcelamentos enfrentaram o problema sendo que em muitos casos, os pacientes foram a óbitos.
Em todo o Estado, conforme agora os dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde, do Governo do Estado (SES), indicam que, aproximadamente, 100 mil pessoas estão recuperadas do coronavírus. Os dados são positivos e revelam um alto indicador da recuperação da doença, porém a Covid-19 tem deixado algumas seqüelas na saúde da população que vão além da fadiga.
Para a infectologista, integrante do COE/MS, Mariana Croda, que participa de um projeto de pesquisa sobre o assunto, as seqüelas podem atingir inclusive pacientes com poucos sintomas ou assintomáticos e para tanto, ela dá explicações sobre o problema.
“A principal (seqüela) é a fadiga. Esse cansaço, que pode durar alguns meses é algo persistente. Vale ressaltar que ainda não temos um acompanhamento em longo prazo para definir qual o período que essas seqüelas ficam e se elas são permanentes, ou não”, disse a infectologista.
Segundo Mariana, há relatos de perda do olfato e paladar por mais de seis meses depois da doença e ainda sem a recuperação completa desses sintomas. “O vírus causa manifestações neurológicas e isso pode se manifestar de várias formas: dores crônicas, dor de cabeça. Estamos vendo também outras doenças, como as de saúde mental, que também pode estar relacionado: depressivos, episódios de psicose, que também estão acompanhando a covid”.
Outra linha de estudo aponta para doenças de cunho autoimune, no pós-covid. “Quando seu corpo começa a produzir substancias não reconhecendo você como você mesma e ataca alguns locais e isso inclui as dores articulares, as artralgias, que são os problemas nas articulações, as artrites e algumas outras manifestações mais graves”.
Reabilitação
Mariana Croda ressalta que os casos mais graves ainda passam por outra questão, a reabilitação. “Nos pacientes que ficam na UTI, entra a reabilitação referente à doença pulmonar, que pode também ser permanente, causando fibrose pulmonar”.
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