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Campo Grande, sábado, 02 de novembro de 2024.
Assistindo a matéria a respeito do treino apronto do Vasco da Gama, para o jogo de “volta”, neste sábado (19), contra o Atlético Mineiro, válido pela Copa do Brasil, de onde sairá o primeiro finalistas, vim um personagem icônico do time, o torcedor Caique, que me reportou à longínqua década de 80, quando fui setorista do Operário F.C, na antiga e ainda existente Poliesportiva, localizada perto da Embrapa, na saída para o município de Terenos.
Realmente é uma história antiga, mais original.
Na referida reportagem, ao ver o torcedor identificado por Caique, exibindo dois cartazes e tendo um galho de arruda, como amuleto, logo no primeiro momento, me lembrei do massagista Mendonça.
No caso especificamente do torcedor do Vasco, conhecido por todos e identificado por Caique, o mesmo além de levar o inseparável amuleto, o galho de arruda, carregava também dois cartazes: um, pendurado no pescoço e o outro, ele exibia segurando com as duas mãos, além do inseparável galho de arruda.
O cartaz pendurado no pescoço, escrito manualmente em um pedaço de papelão, dizia: “Tenho muita fé!
A fé citada no cartaz, é quanto a vitória do Vasco, que no primeiro jogo, o chamado jogo de “ida” perdeu, pelo placar de 2 x 1 e agora terá que vencer para avançar de fase. Caso vença por um gol de diferença, o classificado será conhecido através dos tiros livres da marca do pênalti.
No outro cartaz, também feito em um pedação de papelão e igualmente escrito de forma manual, Caique expressava a crença no jogador Vegetti, que foi descoberto no futebol argentino e no momento é o principal artilheiro do time e para tanto escreveu: “Vegetti, você é o cara!”
Mendonça
Na época áurea do futebol em MS, o massagista Mendonça que chegou a trabalhar na Vila Belmiro, no Santos FC, também na época áurea da equipe, após bom tempo na Vila, o mesmo foi contratado para ser massagista, primeiro no no Operário e depois, no Comercial e em ambos clubes, ele se gabava e muito, pelo fato de ter feito massagem em Pelé.
Sempre usando roupas e sapatos brancos e uma boina ou boné também branco, “Mendoncinha” como era chamado pelos jogadores que integravam os dois elencos, agitava e muito!
Em dias de jogos decisivos, ele externava toda a sua crendice, através das suas superstições e não apenas ele, mas bem como todos os jogadores, que por sua “ordem” colocavam um “galinho” de arruda na orelha e com o mesmo entravam em campo.
Mendonça não fazia cartazes e além do galho de arruda, tanto no Operário como no Comercial, em dias de jogos, ele fazia questão de ir ao Morenão ainda no período da manhã, por volta das 10h e no vestiário do adversário, ele colocava porções de sal grosso e sapos, muitos sapos mesmo. Não se sabe se ele tinha uma saparia, mas confesso que, não sei onde o mesmo conseguia arrumar tantos anfíbios daquele jeito.
E confesso, vendo a reportagem com o Caique, do Vasco da Gama, me recordei desses felizes tempos do futebol de MS e confesso que senti muita saudade.
Pena que tudo acabou!
Essa lembrança na verdade é uma história antiga, mais original, vivida por mim.
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