CRAS do Aero Rancho, no Anhanduizinho, promove intercâmbio entre jovens Sul-americanos

Ostentando os Pavilhões dos seus países, a peruana Maryori Aguirre e o colombiano Henry Vasquez, em intercâmbio, com as crianças do CRAS Aero Rancho (foto: Divulgação)

O bairro Aero Rancho, localizado na região do Anhanduizinho, não vive apenas de polêmicas, mobilizando desta feita os fiscais da Semadur. No local acontecem fatos positivos que também merecem destaques e comentários por parte dos seus aproximadamente 45 mil moradores.

Entre esses fatos positivos, são as presenças de dois jovens, sendo uma peruana e um colombiano, que estão realizando atividades no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), no referido bairro, graças à parceria firmada entre a Subsecretaria de Políticas para a Juventude, da Prefeitura Municipal de Campo Grande, e a Association Internationale des Etudiants en Sciences Economiques et Commerciales (AIESEC).

Ao todo, são 16 jovens, oriundos da Argentina, Peru, Equador e Colômbia, que estão fazendo trabalhos voluntários, que promovem o desenvolvimento social e a liderança.

Quanto aos dois Sul-americanos que realizam atividades no CRAS do Aero Rancho, graças à Subsecretaria, que tem dado todo o suporte para que os intercambistas possam se deslocar entre a unidade e a casa onde estão hospedados. Além disso, o órgão público também está fechando parceria com outras instituições para que eles possam ter acesso à novas realidades.

Durante seis semanas, os jovens conhecem a estrutura das unidades, a forma de acolhimento e têm a oportunidade de transmitir o conhecimento e a cultura deles para as crianças e adolescentes do local.

Para a peruana Maryori Brigitte Villanueva Aguirre, de 23 anos, formada em odontologia e estudante de enfermagem, a viagem está fortalecendo a experiência na área da saúde. “Hospedei uma brasileira em minha casa e ela me contou sobre o Brasil e sobre a AIESEC. E vi que isso poderia ser uma forma de ampliar os conhecimentos para atuar na minha área”, disse. Ela ainda disse que no local onde mora, trabalha em uma instituição que cuida de crianças com câncer ou que perderam as mães e não tem o suporte familiar. “As crianças precisam se comportar como crianças para que não sigam os exemplos dos pais, que muitas vezes estão presos ou envolvidos com crimes, principalmente tendo mais respeito”, destacou.

Já Henry Alejandro Vasquez Ávila, colombiano de 21 anos, estudante de Química e professor de dança, disse que a realidade entre o país de origem e o Brasil são bem parecidas, mas fez um alerta destacando que seria preciso ampliar o acesso de crianças e adolescentes nestas unidades. “Vimos que são poucos os recurso e as crianças. Poderia ser feito um trabalho bem maior”, disse.

A intercambista Bibiana Echeverri Ríos, da Colômbia, que já participou do programa em Campo Grande atuando no Lar do Pequeno Assis, disse que gosta de trabalhar com as comunidades, fazer inventários de riscos e vulnerabilidade e encontrar meios de ajudar as pessoas.

Aulas de Idioma                                                                                                                 

Para melhorar a comunicação entre os intercambistas e as empresas e instituições onde eles estão atuando, a Subsecretaria de Políticas para a Juventude também está oferecendo aulas de português. Durante duas vezes por semana, os estudantes se encontram na sede do órgão público e participam de atividades e estudos da língua portuguesa.

A parceria com a professora permite que os estudantes interajam melhor e aproveitem mais a oportunidade de conhecer a realidade brasileira. Desta forma, permite-se que haja uma maior imersão dentro das ações, facilitando o conhecimento e abrindo novas portas.