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Campo Grande, domingo, 26 de novembro de 2023.

liga terrinha

Competição poderá despertar os “olheiros” de todo o país em busca das chamadas “pérolas”, que aos poucos estão sumindo na Copinha

Por Gilson Giordano em 09/01/2023 às 11:11

Elenco do time da categoria Sub-11 do Projeto Social Campo Nobre, em recente evento (Foto: Arquivo)

É inegável que, a tão falada e decantada Taça São Paulo de Juniores, chamada por muitos de forma carinhosa como “Copinha”, está muito longe de apresentar o mesmo resultado do passado, quando dezenas, talvez centenas de craques na acepção da palavra, foi descoberto e que através do futebol arte, encantaram os torcedores dos clubes aos quais defendiam.

Na mesma proporção em que a competição anualmente foi “inchando” quanto à quantidade de times “participantes”, os craques foram sumindo e o motivo não foi ainda detectado.

Diante dos jogos sem a perspectivas de ver um “fora de série” e na certeza de verem os mesmo jogadores medianos ou em muitos casos, mesmo abaixo da crítica, os olheiros aos poucos também foram abandonado a competição, pois nela, caso surja um “fora da curva”, o mesmo já tem um clube a quem pertence.

Revelações  

Abaixo, para matar saudade, o leitor poderá recordar alguns dos craques que foram descobertos na referida competição e que até hoje são laureados pelos torcedores dos clubes que defenderam após a condição de profissionais:

Wagner Love, Robinho, Dener, Djalminha, Paulo Riberto Falcão, Muricy Ramalho, Raí, Junior Baiano, Marques, Rogério Ceni, Jardel, Dida. Luizão, Deco, Fred, entre outros que deixaram muitas lembranças positivas.

Desde que os clubes brasileiros passaram a dar atenção com mais ênfase às categorias de base, com a criação de novas categorias e modernização das estruturas dentro e fora de campo e, consequentemente, com a descoberta de que essa poderia ser uma rentável fonte de receita para seus cofres, um dilema recai sobre dirigentes e especialistas da área. O que deve ser prioridade na base: revelar novos talentos ou ganhar títulos?

Diante desse “dilema” e hoje, como todos sabe, os clubes de futebol profissional, possuem categorias de base que objetivam revelar jogadores para o ingresso junto ao grupo profissional.

Fuga dos Olheiros

Como a maioria dos times participantes na chamada Copinha é dos grandes clubes de futebol, aos poucos, na mesma proporção em que as chamadas “revelações” foram sumindo, os tradicionais “olheiros” também, pois muitos dos times participantes do referido campeonato vão na esperança de que, ao menos um dos jogadores que integra a delegação brilhe e chame a atenção. Mas diante dos times dos grandes clubes, talvez até a boa técnica existente, acaba sendo ofuscada talvez até mesmo por complexo de inferioridade do atleta dos mais distantes rincões do país e que acabam indo para os jogos da Copinha.

UEFAMS

Diante da constatação do descobrimento dos novos craques, tal como citado acima, a diretoria da União Esportiva de Futebol Amador (UEFAMS), já elencou para a atual temporada, a realização da 1ª Liga Terrinha, com participações de times nas categorias: Sub-9 que ainda pode ser chamada de fraldinha; Sub-11 dente de leite e Sub-13 chamada de mirim.

Projeto Social Campo Nobre tem também time sendo formado na categoria Sub-11 que tem disputado várias competições (Foto: Arquivo)

Mas como disse o diretor da entidade, Júlio do Campo Nobre, o processo é difícil para a realização é difícil, pois antes de tudo, os idealizadores do evento devem tomar uma série de providências e redobrar os cuidados, mas mesmo assim ele garantiu que desde agora ao lado do presidente da entidade Cleiton Ferreira, já estudam a realização do evento ainda no primeiro semestre do ano em curso.

Olheiros  

É inegável que a Liga Terrão Estadual, promovida e organizada pela União Esportiva de Futebol Amador (UEFAMS), ganhou destaque, atravessou fronteira e hoje é reconhecida em todo o país, tendo ganhado destaque no cenário internacional devido à organização e às qualidades técnicas e disciplinares dos times participantes.

Diante dessa “explosão” que resultou em saldo altamente positivo, os diretores da entidade são sabedores que, a partir do momento em que anunciarem a realização da Liga Terrinha, as atenções dos “olheiros” estarão voltadas para a Capital de MS, onde certamente eles buscarão os novos valores para os chamados grandes clubes do futebol brasileiro ou até mesmo, para o futebol Europeu.

Diante dessa enorme possibilidade, Cleiton Ferreira como Júlio do Campo Nobre são sabedores do êxodo que a modalidade poderá ocasionar no futebol de base da Capital, fato esse que será inevitável.

Estruturas

Mas o que preocupa os dirigentes da UEFAMS, não é apenas o simples fato do êxodo dos jogadores, mas sim o fato daqueles que forem descobertos saírem gratuitamente, sem custo nenhum para o “olheiro”, pois como se sabe, no futebol amador nenhum ou pouquíssimos times são devidamente documentados. Diante disso, bastará apenas a liberação por parte dos pais ou dos responsáveis para que o jogador descoberto deixe a Capital de MS rumo ao sucesso no futebol brasileiro e talvez mundial, através d iniciativa da UEFAMS.

Como se sabe, aos fins de semana nos mais diversos “campinhos” espalhados pelos bairros e vilas da Capital de MS, tanto faz gramado ou de terra batida, sendo que em alguns casos nos modernos gramados sintéticos, sempre existe a tradicional pelada e isso é sagrado e na maioria das vezes nos campos dos bairros, a qualidade ou estado da bola fica relegado a um segundo o terceiro plano, pois o mais importante é jogar futebol!

O futebol desperta nas crianças a vontade de ser como os ídolos e com esse DNA cultural, crianças e adolescentes crescem influenciados pelo futebol.

Projetos Sociais

Através dos Projetos Sociais, praticamente todos os bairros já tem o mesmo e nele, o ensinamento para os primeiros passes, fato esse que proporciona sempre uma renovação e através da realização da Liga Terrinha, pela União Esportiva de Futebol Amador (UEFAMS) é inegável que novos valores serão descobertos.

Equipe de futebol JP que integra o Projeto Social desenvolvido na Comunidade Tia Eva (Foto? Divulgação)

“Estamos pensando em realizar a Liga Terrinha e no primeiro momento, com apenas as equipes daqui da Capital de MS e depois, se tudo der certo, vamos fazer a estadual também. Agora como todos sabem, o futebol é amador e portanto, poucos times têm documentação capaz de ao menos tentar impor uma condição para liberar um atleta. Nós sabemos muito bem disso que, muitos jogadores serão apresentados e descobertos na competição, mas nem por isso, podemos deixar de fazer um campeonato dessa proporção e tomara que dezenas de atletas sejam de fato descobertos e que tenham sorte nos clubes de grande portes, pois ao longo dos anos, acompanhamos muitos jovens com excelente qualidade técnica, mas sem chances e que ficaram por aqui mesmo. Caso dependa da UEFAMS, vamos sim abrir a porta da oportunidade para todos e quem for descoberto, que seja feliz”, disse Júlio do Campo Nobre.

Na Capital de MS existem talvez centenas de escolinhas de futebol dentro dos Projetos Sociais, como por exemplo, Arena Campo Nobre, Santa Emília, Comunidade Tia Eva. Tiradentes, entre outros bairros e nelas, um verdadeiro desfile de candidatos a craque no agora pobre futebol brasileiro.

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