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Campo Grande, terça-feira, 26 de dezembro de 2023.
Guardando a distância regulamentar e usando a própria fabricação, costureiras ganham “extra” fabricando máscaras na Incubadora Mário Covas (Foto: Divulgação)
Localizado no bairro Centro-Oeste, no Jardim Mário Covas, o Centro Emergencial de Produção de Equipamentos de Proteção Individual (Ipês) está a todo vapor. A inauguração do local aconteceu no dia 6 de maio e mesmo sendo improvisada temporariamente para confeccionar máscaras, a Incubadora Municipal, a mesma que é destinada a atender incubados do segmento Têxtil e Moda, está com as salas ocupadas por máquinas de costura com profissionais empenhadas em fabricar o maior número possível de máscaras, por dia.
Em parceria com a Fundação Social do Trabalho de Campo Grande (Funsat), para atender a demanda, foram contratadas temporariamente 69 costureiras, que divididas em dois turnos, cada uma das profissionais chega a produzir, em média, 175 máscaras em TNT, por dia, que ao fim do expediente somam 12.075 unidades. A equipe conta com o apoio de três professores e duas pessoas no suporte operacional.
Projetado para funcionar por três meses (maio, junho e julho), os Ipês serão destinados as secretarias municipais, que farão a distribuição do material conforme a necessidade de cada pasta.
A estrutura do local foi desenvolvida conforme orientações de prevenção ao coronavírus. Em salas bem arejadas, as mesas das costureiras seguem o distanciamento social determinado e todas usam máscaras de proteção fabricadas por elas mesmas.
OPORTUNIDADE
A estudante Ruth Gabriela de Sousa Vieira, de 24 anos, moradora da comunidade indígena Marçal de Souza, em Campo Grande, sonha em ser enfermeira. Enquanto esse dia não chega, a jovem encontrou na pandemia uma oportunidade de emprego.
“Uma amiga me avisou que estavam contratando temporariamente para fabricar máscaras. Avisei minha tia, que é costureira e levamos o currículo. Após três dias me ligaram dizendo que fomos selecionadas”, relembra.
Em época aonde a crise econômica vem assustando as pessoas, com o índice de desemprego aumentando devido à pandemia, Ruth comemora. “Acredito que foi Deus que abençoou a mim e minha tia com esse emprego”. As duas estavam desempregadas.
Junto com a oportunidade de ter uma renda, surge em Ruth o sentimento de humanização, como ela mesma define. “Eu me sinto grata, pois esse emprego apareceu no momento que eu mais precisava e com ele, posso retribuir em forma de máscaras. É muito gratificante”, assegurou.
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