Tudo sobre a região do Anhanduizinho
Campo Grande, sábado, 16 de dezembro de 2023.
Agentes de saúde continuam visitando as residências e levando as dicas quanto aos cuidados para evitar a proliferação do mosquito (Foto: Divulgação)
Com a aproximação do início do verão, neste dia 21 próximo, além da intensidade do período chuvoso, aumenta em muito a combinação ideal para a proliferação do Aedes aegypti e o aumento nos casos de dengue, na Capital de MS, conforme os registros da Secretaria Estadual de Saúde (SES), principalmente nos bairros que formam a região do Anhanduizinho, a maior entre as sete, onde residem aproximadamente 220 mil habitantes.
Dados divulgados através do Boletim Epidemiológico Dengue, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES nesta terça-feira (5), indicaram o registro de 40.460 casos confirmados da doença no corrente ano.
Ainda conforme o boletim divulgado pela SES, a Capital de MS lidera a lista com o maior número de confirmações da doença, com 11.899). Apesar de a Capital apresentar altos números de contaminação, possui baixa incidência por número de habitantes. Além dos casos de contaminação, 40 óbitos por dengue foram confirmados neste ano e duas mortes seguem em investigação. O índice é o segundo maior registrado nos últimos dez anos, atrás apenas de 2020, ano em que 42 óbitos foram contabilizados. Caso a doença seja confirmada como causa das mortes que estão sendo investigadas, 2023 também passará a ocupar o primeiro lugar no ranking.
De acordo com o coordenador de Controle de Vetores da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Mauro Lúcio Rosário, as condições climáticas fomentam a transmissão de arboviroses como a Dengue, Zika e Chikungunya e, por isso, períodos quentes exigem mais atenção.
“A elevação da chuva e da temperatura em determinado mês explica parcialmente o número de aumento de casos de doenças por arbovírus apenas dois ou três meses depois. Quanto mais chuva, mais recipientes com água, consequentemente mais mosquitos, mais transmissão, mais doentes e mais óbitos”.
O coordenador também destaca que, com o surgimento do sorotipo 3, espera-se uma epidemia de dengue ainda mais severa para 2024. Nesse caso, é indispensável a sensibilidade da população para eliminar criadouros e evitar a proliferação do mosquito transmissor.
Cuidados
Apesar de já conhecidos, as medidas para evitar a proliferação do Aedes aegypti devem sempre ser reforçadas. Segundo Mauro Lúcio Rosário, a mobilização da população deve ser constantemente incentivada, visto que as residências são os principais locais de acúmulo de água parada.
“Mais de 80% dos focos positivos do mosquito Aedes aegypti estão nas residências em ralos, calhas, caixa-d’água destampadas, plantas com água e a maior concentração dos problemas encontrados pelos agentes de combate às endemias, são resíduos sólidos (lixo) desprezados conscientemente pela população dentro de suas casas”.
Entre as orientações estão:
Ainda, é importante ficar atento aos sintomas da dengue, que incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dor nas articulações e erupção cutânea. Em casos mais graves, o paciente pode apresentar também dor abdominal, vômitos persistentes, diarreia, desânimo e sangramento de mucosa.
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