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Campo Grande, terça-feira, 30 de setembro de 2025.

escaramuça na saudade!

Acredite, pois aconteceu ainda na década de 80 quando roubaram um Fusca Zero Km de Edgar Lopes de Farias, “Escaramuça”

Por Gilson Giordano em 24/09/2025 às 10:55

O Fusca roubado era um igual ao carro creme,  que aparece atrás desse do primeiro plano da foto(Foto:Google)

Ainda em plena semana do “Dia do Radialista”, que é comemorado em duas datas, entrarei no túnel do tempo para relatar um “causo” vivenciado por mim mesmo!

Primeiro, vamos às explicações o porquê que esse importante dia na comunicação tem duas datas comemorativas.

Pois bem, vamos lá então: a data oficial é o dia 7 de novembro, homenagem a Ary Barroso. Quanto à segunda data ou no caso pela ordem dos meses, a primeira, o dia 21 de setembro, foi a data da assinatura do decreto de 1943 de Getúlio Vargas, que fixou o piso salarial da categoria, impulsionando sua profissionalização.

Agora voltemos ao caso registrado já na Capital de MS.

Na década de 1.980, eu trabalhava na Rádio Difusora- ZYA, que ainda não era Difusora Pantanal e na ocasião, a mesma pertencia à família Zahran que arrendou  para Edgar Lopes de Farias, conhecido por todos por “Escaramuça” (In memoriam), aliás, apelido esse que o deixou muito famoso e ele, com nova visão, empreendeu novo ritmo à mesma.

Lembrando que “Escaramuça”,  significa,  ser um combatente

Uma das brilhantes ideias do “Escaramuça”, foi quanto à montagem de uma equipe esportiva, por sinal e modéstia à parte, “ótima”, composta pelo Paulo Eduardo, ótimo comentarista, Líbio Portela, ótimo narrador, o próprio “Escaramuça”, mesmo sem entender nada de futebol, mas falava com muita veemência, como se fosse um profundo conhecedor da matéria e os repórteres éramos o Arlindo Florentino e eu.

O programa era realizado de segunda-feira à sábado, das 11h às 12h e com transmissão dos jogos aos domingos, com a abertura da jornada, às 13h, com o tradicional programa “Paquerando a rodada” com Sérgio de Oliveira, que “segurava” a maciça audiência até a abertura da jornada, sempre às 14h.

Roubaram o carro do “Escaramuça”

Certo dia, claro que devido  à longevidade do fato, não recordo mais especificamente a data, mas apenas o fato, Edgar Lopes de Farias, “Escaramuça”, resolveu, de surpresa, fato esse que eu acredito que nenhum dos filhos do casal tenha tido conhecimento, pois era surpresa e ele decidiu então, presentear a sua esposa, cujo nome não citarei, pelo fato de não ter tal autorização, mas posso adiantar que é uma pessoa da melhor qualidade e para tanto, ele ia, isso mesmo coloque o verbo no tempo passado – ia – presenteá-la ofertando a mesma com  um carro, na década o carro da moda, era o FUSCA!

Edgar Lopes de Farias. “Escaramuça”, um dos mais atuantes comunicadores do rádio em Mato Grosso do Sul (Foto: Google)

Ele foi à uma concessionária da fábrica da referida marca, localizada perto do Morenão, no sentindo do bairro das Moreninhas, cujo proprietário era um dos anunciantes da equipe de esporte da Rádio Difusora. No entanto essa revendedora devidamente autorizada pela fábrica, negociava apenas os caminhões, mas mesmo assim conversa daqui, conversa dali, a mesma conseguiu o sonhado fusca pra ele presentear a sua esposa.

Sucesso nas negociações! Às 10h30 mais ou menos, o pessoal da equipe começou a chegar para a apresentação do programa esportivo e ele super faceiro, mostrava a todos, o presente que daria de surpresa à esposa, pela passagem do aniversário da mesma.

O Fusca era creme, “Zero KM” na época lindo mesmo!

Todos nós o parabenizamos pela bela iniciativa.

Pois bem, terminou o programa, cada um foi embora e ele, entrou no fusca, para realizar o sonho da surpresa.

A Rádio Difusora, na época, era localizada na Rua Jornalista Belizário Lima, quase esquina com a Rua Rui Barbosa, no máximo em 40 metros na Belizário, bem em frente a um número famosíssimo na época: 571, onde tudo acontecia!

O Fusca “Zero KM”, estava com a frente virada para a Rua Rui Barbosa, fato esse que facilitou a saída do mesmo, sem ter que fazer nenhuma manobra.

Super feliz da vida, pois ele certamente não via a hora de surpreender a esposa com o tão sonhado presente, -um carro – ele entrou no fusca, deu partida e saiu, no entanto, ainda descendo a Rua Rui Barbosa, ele lembrou que tinha esquecido não sei o que em cima da mesa dele, na rádio e acredito que deveria ser algum documento, mas não do carro e de imediato, na primeira rua cujo nome não recordo, ele “entrou” e voltou à sede da rádio.

Ele parou o carro, sobre a calçada, pois o tempo gasto para pegar o tal documento, era apenas descer do carro, entrar pegar o mesmo e voltar, talvez no máximo uns três minutos.

Dito e feito! Mesmo com os portões da garagem, que era na lateral, ainda estavam abertos, ele optou em deixar o carro sobre a calçada, pois ele desceu correndo, deixando a porta do fusca aberta, com a chave na ignição, os documentos do mesmo no porta-luvas e correndo ele entrou na sala e no mesmo vácuo, pegou o que deveria ter sido pego e voltou.

Roubaram o carro

Epa! Mas ao voltar, cadê o carro? Sim, onde estava o carro que ele havia “acabado” de deixar na entrada da garagem?

De imediato, ele voltou e perguntou para a recepcionista – termo usado na época – se ele tinha visto alguma coisa.

Pois bem, foi apenas o tempo de Edgar Lopes de Farias, “Escaramuça” descer do carro, entrar na sede da emissora e voltar, tudo isso não foi mais que três minutos, para passar um ladrão e levar o carro e acabar com o sonho do presente surpresa do mesmo.

Como se sabe, na época não tinha internet, celular e o telefone era ainda o famoso fixo, claro que ele ligou para a Policia Rodoviária Federal (PRF), mas nem assim conseguiu recuperar o veículo que estava com todos os documentos, devidamente em dia, afinal o carro era Zero KM.

Confesso que, não sei se ele revelou isso à sua esposa bem como aos filhos ou diante do triste fato ele se calou, mesmo porque, dificilmente alguém poderia acreditar nessa que poderia ser também mais uma “estória” acontecida no festivo mundo do rádio.

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