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Campo Grande, quarta-feira, 20 de dezembro de 2023.
Obras de artes que foram feitas or alunos das Escolas da Rede Municipal de Ensino, estão expostas no Teatro Glauce Rocha, na UFMS (Foto: Divulgação)
Com exibições no palco do Teatro Glauce Rocha, no Campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, (UFMS), localizado no bairro Pioneiros, portanto, de fácil acesso, os moradores da região do Anhanduizinho podem prestigiar a realização da 11ª edição do Festival de Arte e Cultura e da 15ª edição do Festival de Dança da Rede Municipal de Ensino (REME), que foram abertas nesta segunda-feira (29) à noite e o encerramento está marcado para esta quarta-feira (31). Além da dança, no local também está sendo expostos os trabalhos de Conceição dos Bugres, em grafite que fazem a releitura das obras com temática bovina do artista plástico Humberto Espíndola, passando pelo cancioneiro popular Sul-mato-grossense. Toda esta mistura cultural está sendo exibida ao longo do dia, com entrada grátis.
Logo na entrada, o público se depara com a exposição de trabalhos produzidos pelos alunos da REME, que fizeram releituras de obras de diversos artistas do Estado. Óleo sobre tela, grafite, mosaico, colagens e esculturas foram algumas das técnicas utilizadas para revelar o olhar e a interpretação dos alunos da cultura de Mato Grosso do Sul.
No total, 86 professores trabalharam com 3.567 alunos, através dos projetos de Arte e Cultura, os conteúdos que resgatam e valorizam obras de artistas que são referência Sul-mato-grossense, desde os clássicos até a contemporaneidade do grafite, que destacam profissionais como Alex Senna e Camila Pavanelli.
“Estamos muito felizes de ver todo esse empenho de vocês, que está refletido nos trabalhos apresentados. É um orgulho para os pais também, pois sabemos do envolvimento deles para que esse evento acontecesse”, ressaltou a secretária municipal de Educação, Elza Fernandes.
Toda esta dedicação emocionou o músico Jerry Espíndola, que fez a abertura do evento. “Este trabalho que vocês desenvolvem nas escolas é muito importante para nós artistas, pois demonstra o respeito que vocês têm com nosso trabalho”, destacou.
Mesmo sem pisar no palco, a aluna Luma Vitória de Almeida, do 8º ano não escondia a alegria de descobrir um talento que ela mesma desconhecia. Com as aulas da professora Maria Inês de Andrade, ela desenvolveu o prazer pela pintura ao participar do projeto onde os alunos escolheram, entre 12 artistas, aquele que iriam estudar e replicar o trabalho, sempre com um toque pessoal. “Gostei muito porque não ficamos presos nas cores utilizadas pelos artistas, pudemos retratar a obra deles do nosso jeito. Isso dá muita liberdade e estimula a criatividade”, afirmou.
Para a professora, estimular a crítica e a visão peculiar de cada um sobre obras de artistas como Humberto Espíndola, Lídia Baís, Isaac de Oliveira e Cleir foi gratificante. “O importante é que aprender por meio destes projetos, ajuda a memorizar o conteúdo porque eles ficam conhecendo os artistas de forma lúdica”, disse.
Na ponta dos pés
Após passar pela exposição, é o momento de se emocionar com os shows no palco do teatro que tem revelado talentos nas áreas de canto, dança teatro e até arte circense. Um deles é o aluno Emanuel Nascimento, de 12 anos, que conquistou uma vaga no Balé Bolshoi do Brasil, graças a sua dedicação nas aulas de balé oferecidas pela Deac.
Emanuel fez uma apresentação ao lado da amiga Giovana Benites da Silva. A dupla fez um número baseado na peça “Copélia”, que também contou com alunos das escolas Elizabel Gomes Salles e Maestro João Correa Ribeiro. “Estou muito feliz. Às vezes acordo e acho que nada disso aconteceu. Acredito que esses projetos são importantes porque ocupam as crianças e incentivam elas a estudar mais e também a revelar seus talentos. O que aconteceu comigo pode acontecer com qualquer um”, ressaltou.
A mesma opinião é compartilhada pela dona de casa Joana D’arc Camargo, que não escondia a ansiedade de ver a filha Lara Beatriz se apresentar no coral da escola Danda Nunes. “Tem sido ótimo para ela. Além do canto, a Lara também faz ginástica. Acredito que estes projetos contribuem muito no desenvolvimento intelectual e emocional dos alunos”, disse.
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