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Campo Grande, sexta-feira, 05 de janeiro de 2024.

Residencial Ramez Tebet

Sem rumo certo, donos dos trailers atendem ordem da Semadur e deixam o local, agora com destino incerto e contas para pagar

Por Gilson Giordano em 01/07/2020 às 16:54

Área localizada à esquerda da foto volta a ficar livre, mas comerciantes não sabem para onde vão após ordem da Semadur (Foto:Midiamax)

É claro que existe uma lei, no entanto, mesmo diante dessa existência, em também o sentimento e revolta, frustração e a tradicional pergunta: “e agora, o que faço? Pra onde eu vou?”

O sentimento de revolta e as duas perguntas estão sendo até o momento vivido e é feitos pelos cinco comerciantes que montaram trailers, na Rua Cláudio Coutinho no Residencial Ramez Tebet, localizado no bairro Centro-Oeste, na região do Anhanduizinho.

Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), a área usada pelos proprietários dos trailers pertence à Prefeitura Municipal e por isso, a mesma, teria sido invadida e conforme o Código de Polícia Administrativa – Lei n. 2909 – Artigo 5º, § 2º – Verificada a invasão de logradouro público, o Executivo Municipal promoverá as medidas Judiciais cabíveis para colocar fim a mesma”.

E foi justamente essa decisão tomada pela Prefeitura Municipal, através da Semadur que, teria entregado os documentos aos ocupantes nesta terça-feira (30) e nesta quarta-feira (1º), logo pela manhã, estavam no local, às máquinas para a derrubada das construções que foram erguidas com muito sacrifício e eram na verdade, o local de onde as pessoas tiravam o seu “ganha-pão”.

Os cinco proprietários dos trailers até que tentaram encontrar uma solução para evitar a derrubada e como em outros casos, se propuseram a pagar taxa, enfim o que o órgão público determinasse. No entanto, não foram ouvidos.

O que causa perplexidade é que, em plena pandemia ocasionada pelo coronavírus e conforme informações na Junta Comercial de MS, o número de estabelecimento comercial que esta se fechando na Capital é assustador e com isso, aumentará ainda mais o número de pessoas desempregadas. Para tanto, basta ver o comércio localizado na Rua 14 de julho, que no passado recente foi o principal ponto da economia na Capital do Estado e hoje o que se vê, são as lojas que aos poucos, vão se rendendo à falta de fregueses gerados pela pandemia.

A retirada foi pacifica, alias, foram os proprietários dos trailers que tiraram os seus pertences de forma ordeira e sob os olhares dos transeuntes e até mesmo dos moradores da localidade que defenderam a permanência dos mesmos no local.

Vale destacar ainda que, os proprietários são pessoas com faixa etárias “avançadas” e diante disso, eles se autoperguntam: “onde agora, conseguir emprego, pois logo, terão que pagar as contas”.

Em defesa dos proprietários, mas na verdade de nada serve, pois é a palavra do “povo”, contra as leis impostas pelas autoridades, diversas pessoas afirmaram que, com a chegada desses comerciantes, os locais por eles usados e que na linguagem é classificado como “invasão”, além de ter ficado limpo, pois havia apenas matagal, eles também tinham o sentimento de segurança, pois os marginais que usavam o matagal no local existente tiveram que sair.

Além da defesa em vão por parte de algumas pessoas, como se sabe, o local ou a área não tem nenhum atrativo para o lazer e tudo se torna mais difícil, pois com a “retirada” dos proprietários dos trailers, os moradores do Residencial Ramez Tebet, no bairro Centro-Oeste, terão que buscar outro ponto para degustarem os salgados vendidos no local que, onde os proprietários sempre cumpriram à risca, as determinações quanto à ordem to toque de recolher.

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