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Campo Grande, domingo, 10 de dezembro de 2023.

adeus cidade de deus!

Profissionais correm contra o tempo para entregar até o fim do ano, novas casas que abrigarão novas 98 famílias

Por Gilson Giordano em 05/08/2022 às 17:00

Profissionais das mais varias funções aceleram o ritmo para entregar até o fim do ano, as 98 casas restantes que abrigarão novas famílias (Foto: Divulgação)

Localizado no bairro Lageado, na região do Anhanduizinho, as obras ora realizadas para a construção das últimas 98 casas que estão sendo construídas próximas ao  Residencial José Teruel Filho seguem em ritmo acelerado e para tanto 40 trabalhadores exercendo as mais diversas profissões estão à frente desse verdadeiro mutirão, pois a intenção da Prefeitura é de entregar as mesmas até o fim do ano, aumentando ainda mais a população da referida região que se  tornou uma das mais procuradas, principalmente pela classe empresarial que  estão descobrindo novo local para os empreendimentos, nos mais várias ramos de atividades comerciais.

As casas que estão sendo construídas abrigarão as famílias que ocupavam a antiga Cidade de Deus e que agora, após oito anos de longa espera trocarão os barracões por casas de alvenaria, com todo o acabamento. No mês passado foram entregues as primeiras nove unidades e ainda em agosto serão entregues mais 18 casas.

Mestre de obras da empresa contratada para terminar as casas (que tiveram a construção interrompida em 2015), Jânio Capistanio da Silva é de Manaus, está há dois meses em Campo Grande. As condições climáticas da Capital, na opinião de Jânio, vão garantir até a antecipação do cronograma de obras. “Aqui o tempo é bom, são vários dias consecutivos de estiagem. Em Manaus, nesta época do ano, chove praticamente todo dia”.  Segundo ele, as estruturas das casas que apresentavam rachaduras e foram avaliadas pelos engenheiros com risco de ruir forram demolidas e reconstruídas.

 Entre os moradores, que assistem dos barracos erguidos no fundo dos lotes o andamento das obras, a ansiedade aumenta na proporção do avanço dos trabalhos. Quem experimenta esta situação é Jéssica Arce da Silva, 27 anos, que se mudou para a ocupação quando ainda era uma adolescente. Ela mora no último lote da antiga ocupação, no fim das Ruas Josefina Daniel Pupin e Lepoldina de Queiroz. Pelo local desce a enxurrada da parte alta do Teruel que inúmeras vezes alagou seu barraco. Sua casa, que está quase pronta, inclusive com forro, faltando apenas receber a pintura, tem escada e uma rampa nas laterais para evitar futuros alagamentos. “Uma vez acordamos e a água estava na altura do meu joelho. Foi assustador, tiramos as crianças correndo, a comida, o que deu para salvar”, relata ela que mora há dez anos na comunidade.

Caprichosa, Jessica apresenta a casa e já sonha com o dia da mudança. “O barraco não aguenta mais e nem nós. Quando chove é ruim, quando tem poeira também. Não vejo à hora de entrar, de mudar e poder cuidar da nossa nova casa”. Na residência vão morar ela, o marido que trabalha na Solurb e as duas filhas.

Estruturas

As casas têm 46,07 m² de área construída, são forradas e pintadas. Contam com sala, dois quartos, banheiro e cozinha. O investimento total das 98 unidades é de R$ 5,7 milhões.

Para o pedreiro André Luís, que além de ganhar a casa no José Teruel ainda conseguiu um emprego, a comemoração é em dobro. “Eu fazia bico de pedreiro junto com a coleta de reciclagem, quando a empresa chegou para construir minha casa e ainda me contratou. Agora só faltam as janelas e finalizar a pintura”, contou ele, que vai morar na unidade com os filhos.

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