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Localizada no bairro Pioneiros, entidade atendeu mais de 200 pacientes com as mais variadas seqüelas deixadas pela Covid 19

Por Gilson Giordano em 16/04/2021 às 10:18

A paciente Neuza Gomes, 82 anos. Ficou recebe atendimento após ter ficado 13 dias internada e entubada na Santa Casa (Foto: Divulgação)

qLocalizado no bairro Pioneiros, na região do Anhanduizinho, o Centro Especializado em Reabilitação da APAE de Campo Grande (CER/APAE), inaugurado em setembro, passado, atendeu até o momento 233 pacientes com os mais variados tipos de seqüelas, resultantes da infecção pela covid-19.

Em seis meses, o ambulatório teve 299 vagas solicitadas, via Sistema de Regulação (SISREG), dos quais, 233 pacientes foram atendidos, tendo 20 pessoas recebido alta dos atendimentos e 10 desistentes.

Desde a sua inauguração, o CER/APAE já recebeu pacientes que perderam o paladar, tiveram seqüelas motoras, respiratórias e até psicológicas, precisando de tratamento de reabilitação com uma equipe multiprofissional. A unidade atende desde crianças até idosos.

A supervisora do Setor de Fisioterapia do CER/APAE, Sarita Baltuilhe explica como os pacientes chegam à unidade da APAE de Campo Grande. “Os pacientes são admitidos com seqüelas persistentes causadas pela covid-19, que apresentam um amplo espectro de manifestações. As principais seqüelas que observamos são: falta de ar, tosse, cansaço extremo, fadiga, dificuldade de andar (freqüentemente com necessidade de cadeiras de rodas), dependência nas atividades da vida diária, dificuldade na deglutição e mastigação, depressão, ansiedade, pânico, medo, déficits cognitivos (como alterações da memória), perda de peso, casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC), complicações cardíacas (arritmias, miocardites, insuficiência cardíaca), diabetes, polineuropatias (distúrbio dos nervos), que apresentam os principais sinais: formigamento e dormência, dor em queimação e fraqueza muscular”, disse.

A fisioterapeuta ressalta que essas seqüelas são encontradas mesmo nos pacientes que tiveram contato com a forma mais branda da doença, e não somente em casos graves, como por exemplo, os pacientes que ficaram hospitalizados com necessidade de intubação.

O Serviço Social do CER/APAE é o responsável pelo acolhimento. De acordo com a Assistente Social Teresa Pereira de Souza, supervisora do setor na unidade, a maior dificuldade encontrada no paciente é ter outro familiar com a doença, internado ou em óbito. “Percebemos muito medo e ansiedade na maioria deles. Uma questão que também tem preocupado bastante é a falta de recurso financeiro, devido ao adoecimento. Grande parte deles são autônomos e acabam ficando sem renda e com falta de perspectiva para o futuro”, afirmou.

Funcionamento do Ambulatório pós-covid do CER/APAE

Os pacientes que ficaram com seqüelas após terem sido infectados pelo novo coronavírus devem procurar uma Unidade Básica de Saúde e solicitar encaminhamento para o CER/APAE, via SISREG.

O ambulatório do CER/APAE é o primeiro 100% do Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil. O local conta com profissionais altamente capacitados em reabilitação/habilitação e cuidados paliativos, como Médico Fisiatra, Médico Cardiologista, Médico Pediatra, Médico Neurologista, Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional, Enfermagem, Nutricionista, Psicólogo, Assistente Social e Fonoaudiólogo.

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