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Campo Grande, sábado, 25 de novembro de 2023.

Bairro Guanandi

Escola da REME, Plínio Mendes dos Santos comemora Dia Nacional dos Surdos

Por Gilson Giordano em 26/09/2019 às 14:48

Na Escola da REME,  Plinio Mendes dos Santos estudam 25 alunos com deficiência auditiva (Foto: Divulgação)

Localizada no bairro Guanandi, na região do Anhanduizinho, a Escola da Rede Municipal de Ensino (REME) “Plínio Mendes dos Santos” foi um dos educandários de ensino que nesta quinta-feira (26), por ocasião da comemoração do Dia Nacional dos Surdos, realizou como forma de homenagem, diversas atividades pedagógicas e recreativas visando à inclusão dos 144 alunos com esse tipo de deficiência auditiva que estudam em 40 escolas do município.

Os atendimentos são motivo de comemoração pela Divisão de Educação Especial da Reme, já que o número de alunos surdos que freqüentam as escolas e EMEIs da Reme cresceu 90% nos últimos três anos, saltando de 76 em 2017 para 144 em 2019. De acordo com a professora de Libras e técnica da DED, Gisele Rosa, a estrutura oferecida pela Reme tem incentivado os pais a matricularem os filhos nas unidades do município.

Salas especiais       

Na referida escola, estão matriculados 25 crianças e é uma entre as 44 que tem o maior número de alunos com deficiência auditiva e para tanto, a mesma tem salas de recursos específicas para alunos com surdez, que freqüentam o espaço no contraturno e desenvolvem as atividades pedagógicas acompanhados por uma professora ouvinte e uma surda.

A outra escola que também tem um grande número de crianças surdas é a “Professor Licurgo de Oliveira Bastos”, com 22 alunos.

 “É importante ter esses dois profissionais porque com a  ouvinte ele aprende a Língua Portuguesa e com a surda ele aprende a Libras que é a primeira língua da pessoa surda”, explicou Gisele. Na sala, os alunos utilizam material pedagógico adaptado. Os profissionais que atuam com estes alunos também contam com material especial, desenvolvido por técnicos da REME e que auxilia no ensino do conteúdo pedagógico, como apostilas e DVDs.

“Muitas famílias se mudam do interior do Estado em busca de um atendimento melhor para o filho e decidem matricular a criança na REME porque temos uma estrutura que possibilita o desenvolvimento desses alunos”, afirmou Gisele.

Novidade

Uma das novidades este ano foi o atendimento aos alunos surdos da Educação Infantil, que também passaram a contar com intérpretes em sala de aula. As formações continuadas, que oferecem subsídio aos  profissionais que trabalham com estas crianças, também foram ampliadas e atenderam este ano, até o momento, 300 profissionais contra 100 em 2017.

Outro dado expressivo é quanto ao número de pessoas que freqüentam o curso de Libras oferecido pela REME. Em 2017 eram 300 e a partir deste ano, já são 765 pessoas inscritas nas turmas, que também foram ampliadas, inclusive em horários no vespertino e noturno para atender  a demanda. Participam tanto profissionais da Educação quanto o público em geral que deseja facilitar a comunicação com algum familiar ou amigo.

Atividades e inclusão

Além da ampliação no atendimento aos alunos e profissionais, a inclusão também é uma das principais bandeiras da REME, por isso diversas atividades estão sendo desenvolvidas, desde segunda-feira (23), quando teve início a semana em comemoração ao Dia Nacional dos Surdos.

Nesta quinta-feira, as unidades prepararam acolhidas diferenciadas, além de passeios, exibição de filmes e atividades culturais envolvendo todos os alunos. Nas EMEIs, teve até café da manhã especial. Foi o caso da EMEI “Felipe Sáfadi Alves Nogueira”, onde a diretora Juliana Ribeiro e equipe organizaram apresentação de coral em Libras e diversas atividades pedagógicas alusivas ao Setembro Azul, mês comemorativo da comunidade surda.

A EMEI foi a primeira a receber, em 2017, um bebê surdo. Eloísa, que ainda continua da unidade e hoje tem a companhia de Kauã, também surdo. Mãe de duas crianças ouvintes que estudam na EMEI, a auxiliar administrativo  Sara  Gonzaga, diz que os filhos Maya, de dois anos e Miguel, (3), aprenderam rápido a linguagem de sinais e auxiliam os colegas surdos. “A inclusão vai além dos muros da escola. Ela é importante também para as crianças que ouvem porque o que elas aprendem aqui podem repassar para outras crianças e também facilitar a comunicação delas com outras pessoas surdas que elas possam conhecer no futuro”, disse a mãe.

Já na escola “Professor Licurgo de Oliveira Bastos”, a professora intérprete, Juveirice Cristiane Medeiros Ramos Conde, realizou uma programação que incluiu produção de cartazes com frases em libras e um passeio até a UFMS para os alunos assistirem ao curta “Crisálida”, que mostra a vida de um adolescente surdo após ele aprender a Língua Brasileira de Sinais.

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