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Campo Grande, quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024.

1ª Copa Liga Batom

Dirigentes da UEFA-MS agem rápido, acabam com taxa de inscrição do futebol feminino e mantém viva a chama do amor pela modalidade

Por Gilson Giordano em 30/12/2020 às 10:37

Para salvar a modalidade, dirigentes se reúnem às pressas e encontram solução para manter na programação o Campeonato Feminino (Foto: Arquivo)

É inegável que o futebol feminino na Capital de MS, aos poucos está se tornando uma modalidade esportiva popular, apesar da falta de patrocinadores para o engrandecimento da modalidade. Vários Estados promovem os campeonatos estaduais, fato esse que tem e muito contribuído para o desenvolvimento e o engrandecimento da modalidade, além do surgimento de novos valores que são levados para os times dos chamados grandes centros esportivos do país.

Nessa evolução de conceitos, mesmo porque a modalidade ainda enfrenta esse tipo de problema, o “pré-conceito”, a diretoria da União Esportiva de Futebol Amador (UEFA-MS), continua dando o apoio e o suporte necessário para o engrandecimento da modalidade e nela, um fato está constatado: o surgimento de novos valores técnicos, mas que ainda carecem de maior divulgação por parte da imprensa e também  de competições organizadas, tal como se propõe a entidade que em apenas três anos de existência, tem uma diretoria formada por pessoa com “know-how”.

UEFA-MS

Tão logo lançou a 1ª Copa Liga Terrão, ainda no ano de 2.018, a diretoria da UEFA-MS foi muito cobrada quanto à realização de uma competição específica que atendesse a categoria feminina.

A diretoria atendeu os apelos e juntamente com o lançamento da 3ª Copa Liga Terrão, anunciou também a realização dos jogos válidos pela Liga Terrão Feminino.

Otimista quanto ao sucesso do evento, a diretoria acreditava que do mesmo, 16 times poderiam se inscrever e esse total foi com base ao 1º Campeonato de Emulação de Pênaltis, que reuniu dezenas de representantes de vários times, cada time com seis atletas, de certa forma acalentou o sonho da diretoria da UEFA-MS, quanto à certeza do sucesso com a realização do evento.

Inscrições

Acreditando nesse sucesso, foram abertas as inscrições e com elas, o anúncio das premiações, para as três equipes melhores colocadas – campeã, vice e a 3ª colocada – além de premiações extras para a melhor goleira e também para a artilheira do campeonato.

A taxa de inscrição cobrada inicialmente foi no valor de R$ 350,00, sendo que o time campeão receberia de premiação o valor de R$ 2 mil; o vice-campeão receberia R$ 1 mil e a 3ª colocada ficaria com o premio de R$ 500,00. A artilheira do campeonato e a goleira menos vazada, cada uma receberia o premio no valor de R$ 250,00.

Além do recolhimento da taxa de inscrição, no valor de R$ 350,00, as equipes inscritas, pagariam ainda, a taxa de arbitragem no valor de R$ 60,00.

Tão logo a competição foi lançada, foi um “frenesi” entre as praticantes da modalidade e diante desse “boom” de alegria, a UEFA-MS acreditava que a competição reuniria diversas equipes e para frear o entusiasmo, foi limitado apenas a participação de 16 equipes. Pois o fato de ser o primeiro campeonato, nada melhor que o bom censo para ter uma ideia concreta a respeito do evento, daí a limitação do número de participantes e através disso, pensar em competições futuras.

Com a notícia da realização da competição, a mesma que causou o “frisson” entre as atletas que, finalmente os times que as mesmas defendem ganhavam de fato, um campeonato devidamente organizada, com jogos previamente anunciados, conforme a tabela divulgada pela entidade, sendo na verdade uma receita para o sucesso da modalidade.

Falta de apoio

No entanto, a euforia vivida pelas jogadoras e os dirigentes da UEFA-MS, caiu por terra e isso devido à falta de patrocinadores que pudessem ao menos bancar a taxa de inscrição, pois quanto ao pagamento das taxas de arbitragens, não seria nenhuma surpresa, se as próprias jogadoras fizessem cotas, afinal, as mesmas queriam como querem mostrar a qualidade técnica ainda escondida, justamente pela falta de competição organizada, tal como a proposta pela UEFA-MS, bem como dos patrocinadores.

Encerramento

Nesta quarta-feira (30) é, conforme foi há tempo, estipulado pela diretoria da UEFA-MS, o último dia para o recolhimento da taxa de inscrição e diante da dificuldade percebida pelos mesmos dirigentes eles prontamente agiram e se reuniram para mudar o discurso, como forma de salvar a modalidade e evidenciar as atletas com qualidade técnica e até mesmo as que têm no futebol, a única diversão nos fins de semana.

É evidente que o futebol feminino ainda precisa superar muito preconceito para ser praticado e um deles foi superado pela diretoria da UEFA-MS que, ao invés de manter o mesmo valor na cobrança da taxa de inscrição, isentou geral para a referida categoria.

Isenção

E para não frustrar as jogadoras que até então estavam alegres e tal como em um passa se mágica, demonstraram muita tristeza pelo fato da falta de patrocinadores e sem eles, os times ficariam fora da competição, impedindo as mesmas de exibirem o talento através das suas qualidade técnicas e além dessa virtude, de  tornar o local dos jogos com muita alegria e descontração o presidente da UEFA-MS, Cleiton Ferreira, consultou o diretor financeiro da entidade, Júlio do Campo Nobre que juntos abordaram de forma frontal o problema,

No sentindo de manter o mesmo calendário que foi elaborado no transcorrer do ano prestes a terminar, mas devido à pandemia causada pelo coronavírus covid – 19 teve que ser adiado, mas mantido, uma reunião convocada às pressas, nesta terça-feira (29), os dirigentes da UEFA-MS encontraram a solução e com ela, eles esperam que o problema seja resolvido.

Não será mais cobrada a taxa de inscrição e no lugar da mesma, cada atleta inscrita pelas equipes interessadas em participar do evento, terá que doar um quilo de alimento não perecível, que posteriormente serão repassados às famílias carentes da Capital.

Com jogadoras de elevado potencial técnico, time do Vicent’s poderá agora se inscrever e manter viva chances das suas atletas de irem para grande centros esportivos (Foto: Arquivo)

No entanto, sem a cobrança de taxa de inscrição, mas os times inscritos serão os responsáveis pelo pagamento das taxas de arbitragens, no valor de R$ 70, 00 por jogo e sem o pagamento das inscrições, é claro que o valor da premiação também diminuiu e agora, o time campeão receberá R$ 1 mil de premiação, o time vice-campeão receberá R$ 500 e o 3º colocado receberá R$ 300. Na verdade o que não deixa de ser um bom incentivo.

Antes dessa alteração, a idéia da diretoria da UEFA-MS era de ter um campeonato com 16 times e cada um com 25 atletas devidamente inscritas, tal como determina a ficha encaminhada pelo departamento técnico da entidade.

Sem patrocinadores, a procura ficou aquém do esperado pela diretoria da UEFA-MS, talvez pelo elevado valor da taxa, uma vez que o futebol feminino não tem ainda a mesma visibilidade que a categoria livre, daí a necessidade de fazer a mudança e com ela, os dirigentes acreditam que fecharão agora com 16 times, podendo estender até 24 equipes que poderão ter no máximo, apenas 20 jogadoras inscritas.

Com o novo plano elaborado e acreditando na maciça adesão, o departamento técnico da UEFA-MS, sem perda de tempo, já anunciou que o Campeonato da 1ª Liga Batom, será iniciado no dia 13 de março. Até aquela data, a diretoria da entidade espera anunciar o patrocinador “master” para a referida categoria que mais uma vez, graças à pronta ação da diretoria da UEFA-MS, socorreu e solucionou mais um problema e desta feita, no futebol feminino, que agradece.

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