"Causos" do Futebol

A noite em que o meia direita Marcinho e o atacante Ely se estranharam em pleno jantar na Casa do Atleta Carlos Castilho

Marcinho, excelente meia-direita que também escreveu sua brilhante história no Caderno de Ouro do Operário (Foto: Arquivo)

Ainda em época da pandemia causada pelo coronavírus covid 19 e sem fatos e nem noticias positivas envolvendo os bairros que formam a região do Anhanduizinho que continua esquecido pela administração publica municipal, vamos continuar “refrescando” a memória do leitor e para tanto, voltar à década de 80, para contar alguns “causos” ocorridos ainda na antiga poliesportiva, que era localizada na saída para Aquidauana e também na Casa do “Atleta Carlos Castilho”, localizado na Avenida Bandeirantes, que pertenceram ao Operário F.C e que hoje faz parte apenas dessas “estórias” e através delas, mostrar os bons momentos vividos pelo clube.

Alias e por falar em pandemia, neta quarta-feira (15), completa quatro meses que a bola não rola nos campos de várzea da Capital, levando um pouco de alegria aos moradores.

“Causo”

Ao contrário dos “causos” ou das “estórias” que já contei nesse mesmo espaço, ainda no túnel do tempo, contarei algumas memoráveis brigas registradas na poliesportiva.

Bem quanto ao fato – brigar – isso ainda é registrado até nos dias atuais e, portanto, não chega a ser nenhum privilégio dos jogadores que formaram o elenco do Galo.

Marcinho e Ely

O mineiro Marcinho, um craque atuando como meia direita e o centroavante Ely, contratado junto ao Cruzeiro de BH, não combinavam de forma alguma.

Bela noite, durante o jantar, ambos moravam na Casa do “Atleta Carlos Castilho”, onde os jogadores estavam concentrados para a partida contra o Dom Bosco, no estádio Noroeste, em Três Lagoas, partida essa por si só muito difícil além de o adversário ser um bom time, mas também pela qualidade do gramado, misturado com um “areião”, muito difícil para a prática do futebol.

Os jogadores desde o primeiro em que se viram se “odiaram” literalmente! Mas gozados que ambos eram titulares no time e a prova maior e inconteste do profissionalismo dos dois, em campo eles esqueciam as rusgas e jogavam para ao time.

Pois bem, na sala de jantar, se não me engano eram três ou quatro mesas, daquelas “grandes” com os bancos compridos, pois além dos jogadores dos profissionais que residiam no local, tinham ainda os jogadores das categorias de base do clube, que naquele tempo ainda existiam.

Até hoje, ninguém sabe o porquê e como, Ely sentou à mesma mesa e de frente para o “inimigo” Marcinho e quando os dois se “entreolharam’, pronto foi o pivô para o início da confusão.

O excelente meia direita Marcinho, que hoje reside em Belo Horizonte, se armou de uma faca!

Sabe aquela faca de mesa, que não tem ponta e nem corta nada e serve apenas para arrumar a comida no garfo? Pois é, foi uma daquela mesma!

Armado com a “faca”,  disse Marcinho: “Agora vou te matar!”

Vendo o desafeto armado, Ely  gritou: “Socorro! Ele quer me matar!”

Ao gritar pedindo socorro, Ely se levantou da mesa e saiu correndo dando volta nas mesas, causando mais alvoroço ainda!

Claro que a turma do “deixa disso” interveio, acalmou o jogador Ely, tirando o mesmo do local, outro pessoal acalmou o Marcinho, tomando a “ perigosa arma” do mesmo e com isso, tudo voltou à normalidade e depois de uma hora mais ou menos, o jantar foi degustado pelos demais jogadores, pois tanto o Marcinho como Ely, jantaram em seus apartamentos, mas dentro da mesma concentração.

Quanto ao jogo, se n ao me engano o Galo ganhou por 2 x 1 ou 2 x 0, e Ely foi    o autor de um dos gols e claro que o meia direita Marcinho, participou da comemoração, aquela antiga em forma de pirâmide que dificilmente será ainda vista no período pós pandemia.

Depois tenho outras ainda pra contar…